Reconhecer e Gerir os Sintomas de Infecção Urinária em Cães: Um Guia Completo para Proprietários de Animais

Infecções do trato urinário são surpreendentemente comuns em cães. Segundo o Merck Veterinary Manual, as infecções bacterianas do trato urinário representam uma das infecções mais frequentemente diagnosticadas em caninos, afetando cerca de 14% dos cães em algum momento durante as suas vidas. Ainda assim, muitos donos não reconhecem os sinais de alerta até que complicações se desenvolvam. Compreender os sintomas de UTI em cães e o que desencadeia essas infecções é essencial para proteger a saúde do seu animal de estimação.

O que exatamente acontece quando o seu cão desenvolve uma UTI?

Uma infecção do trato urinário ocorre quando bactérias invadem e colonizam qualquer componente do sistema urinário — bexiga, rins, uretra ou, em cães machos, a próstata. Embora o trato urinário possua mecanismos de defesa naturais — incluindo a acidez da urina, respostas imunológicas e a capacidade da bexiga de eliminar células infectadas — essas proteções podem falhar em certas circunstâncias.

A infecção geralmente começa quando bactérias de matéria fecal ou resíduos de pele entram em contato com a uretra e sobem até a bexiga. Cães fêmeas enfrentam taxas mais altas de infecção porque sua anatomia uretral as posiciona mais próximas da área anal do que os machos, criando um caminho mais curto para as bactérias viajarem.

Por que alguns cães são mais vulneráveis

Vários fatores criam um ambiente perfeito para o desenvolvimento de UTI. Cães fêmeas estão no topo da lista, mas outras categorias de risco incluem:

Fatores comportamentais e ambientais: Cães forçados a segurar a urina por períodos prolongados estão em risco elevado. Práticas de higiene precárias agravam esse perigo — quando pelos embaraçados ou sujeira se acumulam ao redor das áreas genitais, as bactérias podem subir com mais facilidade pelo trato urinário. Segundo a Dra. Danielle Rutherford, V.M.D., veterinária associada no Westside Veterinary Center em Nova York, “Cães que não são bem aparados, que têm sujeira ou pelos embaraçados ao redor dos genitais também podem ser propensos a UTIs, pois as bactérias desses resíduos podem subir pelo trato urinário.”

Fatores anatômicos e genéticos: Excessos de dobras de pele ao redor dos genitais, lesões na medula espinhal e anomalias congênitas aumentam a suscetibilidade. Algumas raças — incluindo Pugs, Bulldogs Ingleses e Franceses, Bichon Frises, Shih Tzus e Yorkshire Terriers — apresentam predisposição genética maior devido à sua estrutura de pele.

Condições de saúde subjacentes: Quando as UTIs se tornam frequentes ou crônicas, uma doença subjacente geralmente é responsável. Diabetes, doença de Cushing, cálculos na bexiga, problemas nos rins, câncer e incontinência urinária aumentam significativamente o risco de infecção. Cães idosos acima de sete anos apresentam UTIs com mais frequência, parcialmente porque condições relacionadas à idade criam condições favoráveis ao crescimento bacteriano.

Sintomas de UTI em cães: o que observar

O aspecto complicado dos sintomas de UTI em cães é que eles nem sempre se manifestam. Muitas infecções passam despercebidas até que o veterinário as descubra durante exames de rotina por motivos não relacionados. Esse atraso no diagnóstico pode permitir que as infecções evoluam para complicações graves.

Quando os sintomas de UTI aparecem, geralmente incluem:

  • Urina turva, com sangue ou com odor incomum
  • Esforço excessivo ou dificuldade ao urinar
  • Gemidos ou vocalizações durante a micção
  • Eliminação inadequada dentro de casa, apesar do treinamento
  • Aumento dramático na frequência de urinar, muitas vezes em volumes menores
  • Lamber excessivamente as áreas genitais
  • Perda de apetite e vômitos (sugerindo disseminação da infecção para os rins)
  • Febre (indicando infecção sistêmica)

Importante: Outras condições imitam sintomas de UTI

Como muitas doenças graves produzem sintomas idênticos, o diagnóstico veterinário é inegociável. Intoxicação, doença renal, cálculos urinários, câncer, doenças da próstata, diabetes, distúrbios da tireoide e problemas na medula espinhal podem se apresentar como UTIs. Auto-diagnosticar-se corre o risco de perder condições subjacentes perigosas.

A progressão em três fases das UTIs caninas

A maioria das infecções de UTI em cães segue um caminho previsível:

Fase Um: contato bacteriano — geralmente E. coli — com a uretra, iniciando a entrada no trato urinário.

Fase Dois: migração bacteriana pela uretra até a bexiga e os tecidos ao redor, onde ocorre a colonização.

Fase Três: determina os desfechos. Infecções leves em cães com sistema imunológico competente às vezes se resolvem por conta própria. Outros, se não tratados, evoluem para complicações graves, incluindo infecções nos rins, cálculos na bexiga, septicemia ou danos irreversíveis nos rins.

Testes veterinários e diagnóstico

Seu veterinário realizará um exame físico completo, além de diagnósticos especializados. A análise de urina verifica a concentração, níveis de pH, glicose, cetonas, bilirrubina e proteínas, além de identificar sangue ou cristais. Dependendo dos resultados, seu veterinário pode solicitar culturas de urina, exames de sangue, ultrassons ou radiografias para detectar condições subjacentes.

Abordagens de tratamento e custos associados

Tratamento padrão: UTIs não complicadas geralmente respondem a antibióticos, sendo a Amoxicilina a mais comum. Seu veterinário prescreve formulações líquidas ou em comprimidos para administração em casa, ou administra antibióticos injetáveis para cães resistentes à medicação oral. Medicação para alívio da dor acompanha a terapia com antibióticos. Suplementos probióticos frequentemente evitam problemas digestivos relacionados ao uso de antibióticos.

Casos complexos que envolvem condições subjacentes podem exigir dietas específicas, múltiplas visitas veterinárias, reexames laboratoriais ou cirurgia.

Custos esperados segundo o Great Pet Care geralmente incluem:

  • Exame veterinário: $45-$105
  • Análise de urina: $75-$115
  • Cultura de urina: $170-$350
  • Medicação antibiótica: $35-$75
  • Medicação para dor: $30-$75
  • Suplementos probióticos: $15+
  • Dietas prescritas: $40-$100 por saco
  • Intervenção cirúrgica: $1.000-$3.000
  • Consultas de acompanhamento: $50-$150 cada

Prevenção: a sua melhor defesa

Gestão proativa reduz drasticamente a probabilidade de infecção. A Dra. Rutherford recomenda: “Se seu pet não é propenso a essas infecções, manter uma rotina regular de passeios e praticar boa higiene pode ajudar. Isso inclui coisas como manter o pelo aparado para evitar acúmulo de urina e resíduos na pelagem, secar bem após banho e limpar as fêmeas com lenços umedecidos conforme necessário para evitar o acúmulo de resíduos após a micção.”

Estratégias adicionais de prevenção incluem:

  • Manter acesso constante a água fresca
  • Estabelecer horários regulares para ir ao banheiro
  • Evitar obesidade para prevenir dobras de pele mais profundas
  • Nunca pular exames anuais de bem-estar veterinário
  • Tratar ativamente condições de saúde subjacentes
  • Para cães idosos, agendar check-ups semestrais específicos para avaliar fatores de risco de UTI

Considerações especiais para cães idosos

Cães mais velhos exigem maior vigilância. Condições médicas comuns na terceira idade — diabetes, doença renal, Cushing, além de medicamentos imunossupressores — criam urina mais diluída, com menor capacidade de combater bactérias. Exames veterinários semestrais tornam-se essenciais para cães acima de sete anos.

Ação imediata evita complicações graves

UTIs não tratadas evoluem para cálculos renais, pedras na bexiga, disfunção urinária crônica, inflamação da próstata, infertilidade, sepse e insuficiência renal. A cobertura do seguro pet varia conforme o provedor e os termos da apólice — algumas classificam UTIs recorrentes como condições preexistentes com reembolso limitado.

A mensagem principal: quando você suspeitar de sintomas de UTI em seu cão, a consulta veterinária não pode esperar. A intervenção precoce evita a progressão de uma infecção gerenciável para complicações potencialmente fatais. Sua ação rápida faz a diferença entre um ciclo simples de antibióticos e uma intervenção médica complexa que pode incluir cirurgia ou manejo de danos permanentes nos órgãos.

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