Geopolítica em escalada e inflação contínua fazem com que muitos investidores se voltem para ativos tradicionais de proteção, como o ouro. Mas as formas de comprar ouro são variadas: deve-se optar por barras físicas, ouro em papel ou instrumentos derivados mais avançados? Este artigo analisa detalhadamente os custos, riscos e retornos de cada canal de investimento em ouro, ajudando você a encontrar a melhor estratégia para o seu perfil.
Vale a pena investir em ouro agora? Uma visão geral das tendências recentes e perspectivas
O preço do ouro passou por oscilações intensas nos últimos três anos. De um pico de 2000 dólares em 2022-2023, para uma baixa abaixo de 1700 dólares, até atingir novas máximas em 2024, recentemente ultrapassando a marca de 3700 dólares. Os fatores que impulsionaram essa alta incluem:
Aumento das expectativas de redução de juros pelo Fed: ciclo de cortes de juros nos EUA impulsiona fluxos para ativos de proteção
Compra recorde de ouro por bancos centrais globais: em 2024, as compras líquidas totalizaram 1045 toneladas, três anos consecutivos acima de mil toneladas, sustentando o preço do ouro
Aumento dos riscos geopolíticos: conflitos regionais constantes levam investidores a comprar ouro como seguro
A equipe de pesquisa do Goldman Sachs projeta um preço de US$ 4.000 por onça em meados de 2026, embora o curto prazo ainda apresente incertezas.
A lógica central de investir em ouro é simples: se seu objetivo é preservar valor a longo prazo, o foco deve estar em encontrar bons pontos de entrada, evitando comprar no topo. Se deseja lucrar com variações de curto prazo e consegue assumir riscos, deve optar por instrumentos com alta liquidez, baixos custos de transação e aprender análise técnica.
Comparativo completo de custos e características de 5 formas de investir em ouro
Forma de investimento
Barreira de entrada
Horário de negociação
Alavancagem
Custo por operação
Perfil de investidor
Ouro físico
Mais alto
Horário de bancos/joalherias
Nenhuma
1%~5%
Longo prazo, colecionadores
Ouro em papel(extrato)
Médio
Horário bancário
Nenhuma
1,00%
Pequenos investidores, longo prazo
ETF de ouro
Baixo
Horário de bolsa
Nenhuma
0,25%
Iniciantes, investidores de varejo, fundos
Futuros de ouro
Mais alto
4~6h(Taiwan) / 24h(internacional)
Opcional
0,10%
Traders profissionais de curto prazo
Contratos por diferença (CFD)######
Baixo
24h
Opcional
0,04%
Investidores flexíveis, pequenos valores
Avaliação geral: Ouro físico tem maior custo, mas menor risco; ouro em papel oferece boas opções de margem, porém atenção às taxas de câmbio; ETFs são altamente líquidos e indicados para preguiçosos; futuros e CFDs têm custos menores, porém riscos mais elevados.
Análise detalhada: prós e contras de cada tipo de investimento em ouro
1. Ouro físico — tradicional, mas sem rendimento
Compra de barras, lingotes ou moedas comemorativas físicas, disponíveis em bancos e joalherias. Recomenda-se preferir barras, evitando joias e moedas comemorativas, pois incluem custos de fabricação, além de taxas de desgaste e manuseio na venda, o que torna menos vantajoso.
Problemas do ouro físico: não gera juros ou dividendos; custos de armazenamento elevados, exigindo cofres ou aluguel de caixas de segurança; baixa liquidez — “difícil de vender”; tributação complexa, com necessidade de declarar vendas acima de NT$ 50.000, considerando uma margem de lucro de 6%.
Perfil ideal: investidores que buscam tangibilidade, colecionismo ou proteção de longo prazo.
Sugestões de compra: unidades grandes em bancos, com garantia de segurança, embora com custos de armazenamento; unidades menores em joalherias, verificando pureza. O Banco de Taiwan é a única instituição autorizada a vender barras de ouro oficiais, com peso mínimo de 100g, com respaldo de bancos suíços.
( 2. Ouro em papel — a opção mais prática com extrato bancário
O “ouro em papel” ou “extrato de ouro” é uma forma de guardar ouro sem possuir fisicamente o ativo, com transações feitas por registro em extrato bancário. Resolve problemas de armazenamento e oferece maior liquidez.
Bancos principais em Taiwan, como Banco de Taiwan, CTBC, First Bank e Hua Nan Bank, oferecem esse produto. O mais recente é o “extrato de ouro de dupla moeda”, que permite aproveitar variações cambiais e de preço do ouro.
Custos: taxas semelhantes independentemente de usar NT$ ou moeda estrangeira, com custos intermediários. Cada compra ou venda gera taxas, e a conversão cambial pode acumular custos elevados com negociações frequentes. Tributariamente, o lucro é considerado renda de propriedade, incluída no imposto de renda do ano seguinte.
Recomendado para: investidores que desejam pequenas quantidades, baixa frequência de operação, proteção de valor e flexibilidade.
) 3. ETF de ouro — baixo custo e alta liquidez
ETF de ouro são fundos que acompanham o preço do ouro. No mercado de Taiwan, há o 00635U; nos EUA, GLD e IAU. Os custos variam:
ETF de Taiwan: taxa de gestão anual de 1,15% + corretagem de 0,15% + imposto de 0,1%
ETF nos EUA(GLD): taxa de gestão de 0,4% ao ano + corretagem de 0~0,1% + câmbio de 0,32%
ETF nos EUA###IAU###: taxa de gestão de 0,25% + corretagem de 0~0,1% + câmbio de 0,32%
Características principais: apenas compra e mantém (não permite venda a descoberto), com entrada acessível, alta liquidez e facilidade de negociação. Ideal para iniciantes e investidores de longo prazo.
Perfil indicado: investidores que buscam renda passiva, não querem operações frequentes, com capital limitado e diversificação.
( 4. Futuros de ouro — ferramenta avançada para curto prazo
Contratos futuros baseados no preço internacional do ouro, cujo retorno depende da diferença entre entrada e saída. Vantagens: possibilidade de operar nas duas direções (comprar ou vender), alavancagem flexível, mercado quase 24h.
Riscos importantes: contratos com vencimento, custos de rolagem; risco de liquidação forçada; alavancagem amplia ganhos e perdas. Tributariamente, a tributação de ganhos com futuros foi suspensa, apenas incidindo imposto de 0,025% sobre a transação.
Perfil ideal: traders experientes, com bom entendimento de riscos, com capital suficiente.
) 5. CFD de ouro — porta de entrada para pequenos investidores
CFD acompanha o preço à vista do ouro, sem possuir fisicamente o ativo, permitindo operações em ambas as direções, sem vencimento, com alavancagem flexível. O grande atrativo é o baixo limite de entrada, com plataformas que exigem apenas alguns dólares para começar.
Custos: principalmente a diferença de preço (spread) e taxas de overnight, sem imposto de transação. Tributação considerada renda no exterior, devendo ser incluída na declaração anual se exceder NT$ 1 milhão.
Diferenças entre CFD e futuros:
CFD tem menor escala, ideal para pequenos valores
CFD não tem vencimento, futuros têm
CFD sem imposto de transação, futuros com
CFD exige menos capital
Perfil indicado: investidores iniciantes com recursos limitados, que desejam operações de curto prazo, ou traders experientes buscando alavancagem.
Dica de escolha: plataformas variam bastante; certifique-se de que possuem licença de regulação financeira internacional, evitando fraudes.
Qual escolher? O objetivo de investimento é tudo
Quer preservar valor a longo prazo? Priorize ouro físico (sensação de tangibilidade) ou ouro em papel/ETF (baixo custo, liquidez). O mais importante é fazer entradas parceladas, evitando apostar tudo de uma vez.
Quer lucrar com variações de curto prazo? Precisa de habilidade de negociação e tolerância ao risco. Futuros e CFDs são opções, sendo CFDs mais acessíveis e futuros mais indicados para grandes capitais.
Quer investir de forma passiva e fácil? ETF de ouro é a melhor escolha: compra e deixa lá, deixando o tempo e o movimento do preço trabalharem para você.
Quer testar com pouco dinheiro? CFDs oferecem menor custo de entrada, mas é fundamental praticar com contas demo e aprender a usar stop-loss, que é mais importante que buscar lucros.
Por que o ouro continua atraindo investidores? O valor do instrumento de proteção definitiva
Independentemente das mudanças de mercado, o ouro mantém sua posição como ativo de proteção por várias razões:
Alta capacidade de preservação de valor: em crises de inflação, guerra ou crise financeira, o ouro sempre foi refúgio de capital
Mercado global robusto: grande volume de negociações, história longa, alta liquidez, difícil manipulação
Padrão de alocação institucional: quase todas as instituições recomendam incluir ouro na carteira, com pelo menos 10%
Indicador de risco sistêmico: em eventos geopolíticos ou econômicos, as oscilações do ouro refletem o sentimento do mercado
Por isso, o ouro serve a dois perfis de investidores: aqueles que compram para proteção de longo prazo e aqueles que especulam para ganhos de curto prazo. O primeiro passo é entender seu objetivo, e escolher a ferramenta com custos e características mais alinhados.
Com o preço do ouro em máximas históricas, não é hora de comprar às cegas, mas de selecionar cuidadosamente a melhor forma de entrada.
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Como escolher investir em ouro? Guia comparativo das 5 principais estratégias, desde a preservação de valor até operações de curto prazo
Geopolítica em escalada e inflação contínua fazem com que muitos investidores se voltem para ativos tradicionais de proteção, como o ouro. Mas as formas de comprar ouro são variadas: deve-se optar por barras físicas, ouro em papel ou instrumentos derivados mais avançados? Este artigo analisa detalhadamente os custos, riscos e retornos de cada canal de investimento em ouro, ajudando você a encontrar a melhor estratégia para o seu perfil.
Vale a pena investir em ouro agora? Uma visão geral das tendências recentes e perspectivas
O preço do ouro passou por oscilações intensas nos últimos três anos. De um pico de 2000 dólares em 2022-2023, para uma baixa abaixo de 1700 dólares, até atingir novas máximas em 2024, recentemente ultrapassando a marca de 3700 dólares. Os fatores que impulsionaram essa alta incluem:
A equipe de pesquisa do Goldman Sachs projeta um preço de US$ 4.000 por onça em meados de 2026, embora o curto prazo ainda apresente incertezas.
A lógica central de investir em ouro é simples: se seu objetivo é preservar valor a longo prazo, o foco deve estar em encontrar bons pontos de entrada, evitando comprar no topo. Se deseja lucrar com variações de curto prazo e consegue assumir riscos, deve optar por instrumentos com alta liquidez, baixos custos de transação e aprender análise técnica.
Comparativo completo de custos e características de 5 formas de investir em ouro
Avaliação geral: Ouro físico tem maior custo, mas menor risco; ouro em papel oferece boas opções de margem, porém atenção às taxas de câmbio; ETFs são altamente líquidos e indicados para preguiçosos; futuros e CFDs têm custos menores, porém riscos mais elevados.
Análise detalhada: prós e contras de cada tipo de investimento em ouro
1. Ouro físico — tradicional, mas sem rendimento
Compra de barras, lingotes ou moedas comemorativas físicas, disponíveis em bancos e joalherias. Recomenda-se preferir barras, evitando joias e moedas comemorativas, pois incluem custos de fabricação, além de taxas de desgaste e manuseio na venda, o que torna menos vantajoso.
Problemas do ouro físico: não gera juros ou dividendos; custos de armazenamento elevados, exigindo cofres ou aluguel de caixas de segurança; baixa liquidez — “difícil de vender”; tributação complexa, com necessidade de declarar vendas acima de NT$ 50.000, considerando uma margem de lucro de 6%.
Perfil ideal: investidores que buscam tangibilidade, colecionismo ou proteção de longo prazo.
Sugestões de compra: unidades grandes em bancos, com garantia de segurança, embora com custos de armazenamento; unidades menores em joalherias, verificando pureza. O Banco de Taiwan é a única instituição autorizada a vender barras de ouro oficiais, com peso mínimo de 100g, com respaldo de bancos suíços.
( 2. Ouro em papel — a opção mais prática com extrato bancário
O “ouro em papel” ou “extrato de ouro” é uma forma de guardar ouro sem possuir fisicamente o ativo, com transações feitas por registro em extrato bancário. Resolve problemas de armazenamento e oferece maior liquidez.
Bancos principais em Taiwan, como Banco de Taiwan, CTBC, First Bank e Hua Nan Bank, oferecem esse produto. O mais recente é o “extrato de ouro de dupla moeda”, que permite aproveitar variações cambiais e de preço do ouro.
Custos: taxas semelhantes independentemente de usar NT$ ou moeda estrangeira, com custos intermediários. Cada compra ou venda gera taxas, e a conversão cambial pode acumular custos elevados com negociações frequentes. Tributariamente, o lucro é considerado renda de propriedade, incluída no imposto de renda do ano seguinte.
Recomendado para: investidores que desejam pequenas quantidades, baixa frequência de operação, proteção de valor e flexibilidade.
) 3. ETF de ouro — baixo custo e alta liquidez
ETF de ouro são fundos que acompanham o preço do ouro. No mercado de Taiwan, há o 00635U; nos EUA, GLD e IAU. Os custos variam:
Características principais: apenas compra e mantém (não permite venda a descoberto), com entrada acessível, alta liquidez e facilidade de negociação. Ideal para iniciantes e investidores de longo prazo.
Perfil indicado: investidores que buscam renda passiva, não querem operações frequentes, com capital limitado e diversificação.
( 4. Futuros de ouro — ferramenta avançada para curto prazo
Contratos futuros baseados no preço internacional do ouro, cujo retorno depende da diferença entre entrada e saída. Vantagens: possibilidade de operar nas duas direções (comprar ou vender), alavancagem flexível, mercado quase 24h.
Riscos importantes: contratos com vencimento, custos de rolagem; risco de liquidação forçada; alavancagem amplia ganhos e perdas. Tributariamente, a tributação de ganhos com futuros foi suspensa, apenas incidindo imposto de 0,025% sobre a transação.
Perfil ideal: traders experientes, com bom entendimento de riscos, com capital suficiente.
) 5. CFD de ouro — porta de entrada para pequenos investidores
CFD acompanha o preço à vista do ouro, sem possuir fisicamente o ativo, permitindo operações em ambas as direções, sem vencimento, com alavancagem flexível. O grande atrativo é o baixo limite de entrada, com plataformas que exigem apenas alguns dólares para começar.
Custos: principalmente a diferença de preço (spread) e taxas de overnight, sem imposto de transação. Tributação considerada renda no exterior, devendo ser incluída na declaração anual se exceder NT$ 1 milhão.
Diferenças entre CFD e futuros:
Perfil indicado: investidores iniciantes com recursos limitados, que desejam operações de curto prazo, ou traders experientes buscando alavancagem.
Dica de escolha: plataformas variam bastante; certifique-se de que possuem licença de regulação financeira internacional, evitando fraudes.
Qual escolher? O objetivo de investimento é tudo
Quer preservar valor a longo prazo? Priorize ouro físico (sensação de tangibilidade) ou ouro em papel/ETF (baixo custo, liquidez). O mais importante é fazer entradas parceladas, evitando apostar tudo de uma vez.
Quer lucrar com variações de curto prazo? Precisa de habilidade de negociação e tolerância ao risco. Futuros e CFDs são opções, sendo CFDs mais acessíveis e futuros mais indicados para grandes capitais.
Quer investir de forma passiva e fácil? ETF de ouro é a melhor escolha: compra e deixa lá, deixando o tempo e o movimento do preço trabalharem para você.
Quer testar com pouco dinheiro? CFDs oferecem menor custo de entrada, mas é fundamental praticar com contas demo e aprender a usar stop-loss, que é mais importante que buscar lucros.
Por que o ouro continua atraindo investidores? O valor do instrumento de proteção definitiva
Independentemente das mudanças de mercado, o ouro mantém sua posição como ativo de proteção por várias razões:
Por isso, o ouro serve a dois perfis de investidores: aqueles que compram para proteção de longo prazo e aqueles que especulam para ganhos de curto prazo. O primeiro passo é entender seu objetivo, e escolher a ferramenta com custos e características mais alinhados.
Com o preço do ouro em máximas históricas, não é hora de comprar às cegas, mas de selecionar cuidadosamente a melhor forma de entrada.