O Dow Jones voltou a cair hoje, fechando com uma descida de cerca de 0,35%, mais de 130 pontos abaixo. Algumas das ações de maior peso, como a 3M, a Home Depot e a Procter & Gamble, tiveram um desempenho fraco durante a sessão, puxando o índice para baixo.
Quanto às razões, a mais direta é que o rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA tem subido recentemente. Quando os rendimentos das obrigações sobem, o dinheiro deixa de fluir tanto para as ações — afinal, as obrigações têm menos risco e oferecem um rendimento interessante, por isso quem é que quer arriscar em ações com avaliações elevadas? Especialmente aquelas ações de consumo e industriais que são mais sensíveis às taxas de juro, que desta vez foram particularmente penalizadas. O capital começou a sair dos ativos de risco, migrando para obrigações e liquidez, e este movimento tem sido bastante evidente.
Além disso, o mercado está algo incerto em relação à postura da Reserva Federal. Toda a gente especula se o banco central vai continuar a subir as taxas ou mantê-las elevadas. Esta incerteza faz com que o sentimento de aversão ao risco aumente, tornando o dólar e as obrigações refúgios de curto prazo para o capital. Há quem diga que, se nos próximos dias os rendimentos das obrigações americanas continuarem a subir ou se os dados da inflação saírem piores do que o esperado, o mercado acionista pode ter de ajustar-se mais um pouco, com o Dow Jones a oscilar neste intervalo no curto prazo.
Para o investidor comum, talvez seja uma boa altura para rever as suas posições — reduzir alavancagem? Ajustar a carteira, ponderando mais ações de valor ou setores defensivos? São questões a considerar.
Claro que há também quem veja esta correção apenas como uma pausa temporária. Se a Reserva Federal adotar em breve uma postura mais branda e emitir sinais dovish, com as expectativas de taxas a tornarem-se mais acomodatícias, a liquidez tanto no mercado obrigacionista como no acionista pode melhorar rapidamente, sendo possível uma rápida recuperação das avaliações das blue chips e um eventual rebote do Dow Jones.
Em suma, tanto o mercado de dívida como a política monetária continuam envoltos em incerteza, e esta queda do Dow Jones serve de lembrete: o ambiente macroeconómico muda depressa e, por isso, a estratégia deve ser cautelosa.
Ver original
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
O Dow Jones voltou a cair hoje, fechando com uma descida de cerca de 0,35%, mais de 130 pontos abaixo. Algumas das ações de maior peso, como a 3M, a Home Depot e a Procter & Gamble, tiveram um desempenho fraco durante a sessão, puxando o índice para baixo.
Quanto às razões, a mais direta é que o rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA tem subido recentemente. Quando os rendimentos das obrigações sobem, o dinheiro deixa de fluir tanto para as ações — afinal, as obrigações têm menos risco e oferecem um rendimento interessante, por isso quem é que quer arriscar em ações com avaliações elevadas? Especialmente aquelas ações de consumo e industriais que são mais sensíveis às taxas de juro, que desta vez foram particularmente penalizadas. O capital começou a sair dos ativos de risco, migrando para obrigações e liquidez, e este movimento tem sido bastante evidente.
Além disso, o mercado está algo incerto em relação à postura da Reserva Federal. Toda a gente especula se o banco central vai continuar a subir as taxas ou mantê-las elevadas. Esta incerteza faz com que o sentimento de aversão ao risco aumente, tornando o dólar e as obrigações refúgios de curto prazo para o capital. Há quem diga que, se nos próximos dias os rendimentos das obrigações americanas continuarem a subir ou se os dados da inflação saírem piores do que o esperado, o mercado acionista pode ter de ajustar-se mais um pouco, com o Dow Jones a oscilar neste intervalo no curto prazo.
Para o investidor comum, talvez seja uma boa altura para rever as suas posições — reduzir alavancagem? Ajustar a carteira, ponderando mais ações de valor ou setores defensivos? São questões a considerar.
Claro que há também quem veja esta correção apenas como uma pausa temporária. Se a Reserva Federal adotar em breve uma postura mais branda e emitir sinais dovish, com as expectativas de taxas a tornarem-se mais acomodatícias, a liquidez tanto no mercado obrigacionista como no acionista pode melhorar rapidamente, sendo possível uma rápida recuperação das avaliações das blue chips e um eventual rebote do Dow Jones.
Em suma, tanto o mercado de dívida como a política monetária continuam envoltos em incerteza, e esta queda do Dow Jones serve de lembrete: o ambiente macroeconómico muda depressa e, por isso, a estratégia deve ser cautelosa.