Muitas pessoas gostam de separar a análise fundamental, técnica e de notícias. Mas, para ser sincero, prefiro encarar a análise fundamental e a técnica como as duas faces da mesma moeda.

A lógica é simples – se um projecto tem realmente valor e o produto foi efetivamente implementado, nem precisas de ler o white paper, basta seguir o gráfico. As médias móveis de longo prazo falam por si: seguem uma tendência ascendente, com o preço a subir em ondas junto à média. Isto é o mercado a votar com dinheiro real na análise fundamental. O $SUI e o $HYPE desta bull run são exemplos vivos disso.

Por outro lado, se o projecto não tem bases sólidas, podes desenhar as velas como a Noite Estrelada do Van Gogh que não adianta. A média móvel de longo prazo não consegue formar uma estrutura saudável, e tudo parece um emaranhado caótico.

E a análise de notícias? Na verdade, são apenas aqueles picos e recuos de curto prazo no gráfico. Boas notícias podem afastar temporariamente o preço da média, más notícias podem trazê-lo de volta, mas – e atenção a este “mas” – não conseguem mudar a direção da média móvel de longo prazo. Porque, no fundo, a média móvel é o eletrocardiograma da análise fundamental.

O $TON é o melhor contraexemplo. Montanhas de boas notícias, mas o preço simplesmente não descola. Ou a lógica de base tem falhas, ou a média ainda não se ajustou. Enquanto a média não inverter, por muito que as notícias sejam entusiasmantes, não passam de fogo de artifício.

Por isso, a minha lógica de trading resume-se a dois pontos:

1. A análise fundamental determina se a moeda merece ser mantida a longo prazo.
2. A média móvel diz-te em que fase da subida está.

A análise de notícias? Só serve para tornar a história mais emocionante, mas não muda o enredo. Por isso, não te deixes levar por notícias bombásticas de última hora; elas só influenciam o preço durante uns dias, não durante meses.