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Contagem decrescente de 24 horas para a reunião final da Fed — Uma palavra de Powell pode agitar os ativos globais

O estado atual dos mercados globais resume-se numa palavra: esperar. Wall Street recuou nas apostas agressivas, as bolsas americanas apresentam desempenhos mistos e quem tem criptomoedas está à espera. O Bitcoin está preso perto dos 90 mil dólares, o ouro oscila em torno dos 4200 dólares e a alavancagem no mercado cripto também caiu visivelmente — todos perceberam que, em momentos críticos, é melhor dar um passo atrás.

À superfície tudo parece calmo, mas nos bastidores os sinais multiplicam-se. O índice do dólar continua a subir, o rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos atingiu ontem 4,19% durante a sessão — um novo máximo desde setembro, prestes a tocar a barreira dos 4,2%. A mensagem do mercado é clara: estão a apostar que a Fed vai continuar a apertar.

Mas, para ser sincero, o suspense desta decisão não está no próprio corte das taxas. Os dados da CME estão aí: a probabilidade de um corte de 25 pontos base em dezembro é de 88%, sendo praticamente garantido que será o terceiro corte consecutivo. O verdadeiro foco está no que Powell vai dizer — haverá mais cortes no próximo ano? Como é que o gráfico de pontos desenha o cenário das taxas para 2026?

O mercado cripto é especialmente sensível a isto. A política da Fed é como uma torneira de liquidez — se passarem de hawkish para dovish, o Bitcoin pode oscilar mais de 5% em minutos. A forma como ele equilibra inflação e crescimento vai determinar se o dinheiro volta para os ativos digitais.

A concretização do corte das taxas pode não ser o fim, mas sim o início. As declarações de Powell podem reescrever toda a alocação de ativos global. Será que o Bitcoin vai conseguir romper o teto dos 90 mil dólares? Será que o rally de fim de ano vai arrancar? A resposta chega esta noite.