A indústria dos videojogos está há demasiado tempo nas mãos de uns poucos gigantes. Steam, Sony, Tencent – esses veteranos continuam a jogar o mesmo jogo: investem fortunas no desenvolvimento ou aquisição de títulos, colocam-nos nas suas próprias plataformas e vendem-nos aos jogadores, ficando com todos os lucros. E os jogadores? São apenas os que pagam a conta.

Mas esta lógica começou a falhar na era Web3. Ignora completamente um facto: o valor criado pela comunidade de jogadores é muito superior ao simples montante gasto nas compras. O tempo que investes, as relações sociais que constróis, o conteúdo que produzes, até o entusiasmo pelo e-sport – tudo isso, no modelo tradicional, não vale de nada. Pior ainda: a necessidade dos jogadores de transformar esses investimentos em activos é totalmente ignorada.

A Yield Guild Games (YGG) e a sua Launchpad estão a reescrever as regras. A lógica deles é simples: os jogadores não devem ser apenas consumidores, mas sim accionistas e co-construtores das redes de jogos.

Vê como o fazem: a guilda YGG organiza jogadores dispersos, transformando o teu tempo e talento de jogo num “capital produtivo” com poder negocial. A YGG Launchpad vai mais longe, criando literalmente um mercado para esse “capital”: se completares tarefas dentro do jogo (ajudar a testar projetos, produzir conteúdo, fornecer liquidez inicial), recebes tokens que representam direitos sobre os lucros futuros do jogo.

O modelo tradicional é este:
A empresa investe no desenvolvimento → atrai jogadores como consumidores → a empresa fica com todos os lucros.

A lógica da YGG inverte tudo:
Jogadores investem “capital produtivo de jogo” para ajudar a arrancar o projeto → o jogo decola → jogadores e desenvolvedores partilham os lucros.

Isto não é um mero ajuste, é uma revolução total na cadeia de distribuição de valor. O jogador deixa de ser o "caixa automático" no fim da linha de valor, tornando-se participante inicial e beneficiário directo. Esta revolução do “capitalismo dos jogadores” está, na sua essência, a redefinir quem deve lucrar com a prosperidade dos jogos.