A transferência de poder na Reserva Federal está prestes a acontecer, mas o mercado mantém-se surpreendentemente calmo.
Em maio do próximo ano, o mandato de Powell chega ao fim e Kevin Hassett, o principal conselheiro económico de Trump, é o favorito para assumir o cargo. Pode parecer um cenário de grandes mudanças, mas os traders estão a votar com dinheiro real — e não mostram qualquer receio.
Porquê? Basta ver como o mercado está a apostar.
**O corte das taxas não será tão agressivo como se pensa**
Neste momento, o mercado prevê que, até ao final do próximo ano, a Fed faça apenas 3 cortes nas taxas, de 25 pontos base cada um. Dois desses cortes deverão acontecer ainda com Powell em funções. Quando Hassett assumir realmente o cargo, na segunda metade de 2026, poderá restar espaço para apenas mais um corte. Isto está longe dos “cortes agressivos” de que Trump fala.
**A inflação é que manda**
A lógica do mercado é simples. Na altura da transição de poder, a taxa de inflação deverá manter-se por volta dos 3%. Isto significa que a taxa de juro real (taxa nominal menos inflação) estará próxima de zero. Pensa bem: taxa real a zero significa que a política monetária já está suficientemente expansionista — não há grande necessidade de mais estímulos.
Ou seja —
Com ou sem mudança de liderança, o combate à inflação continua a ser a prioridade. As promessas de “grandes cortes nas taxas” de Trump são mais para consumo político. Nem o mercado de obrigações nem o de ações devem entusiasmar-se demasiado: para o ano não haverá “chuva de liquidez”.
**O essencial é a inflação**
Será que Hassett vai seguir a linha conservadora de Powell, ou vai tentar algo diferente? No fim, tudo depende de o cenário da inflação lhe dar ou não margem de manobra. Amigos do mundo cripto, não subestimem o impacto desta lógica nos mercados.
O que acham? Três cortes nas taxas são suficientes para o próximo ano? Partilhem a vossa opinião nos comentários.
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FarmToRiches
· 12-09 06:03
As três reduções estão basicamente estabilizadas.
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WalletDetective
· 12-09 06:03
A inflação continua demasiado grave
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DeadTrades_Walking
· 12-09 05:59
Com a inflação difícil de baixar, o mercado tem dificuldade em subir
#美联储重启降息步伐 $ZEC $ALLO $LUNC
A transferência de poder na Reserva Federal está prestes a acontecer, mas o mercado mantém-se surpreendentemente calmo.
Em maio do próximo ano, o mandato de Powell chega ao fim e Kevin Hassett, o principal conselheiro económico de Trump, é o favorito para assumir o cargo. Pode parecer um cenário de grandes mudanças, mas os traders estão a votar com dinheiro real — e não mostram qualquer receio.
Porquê? Basta ver como o mercado está a apostar.
**O corte das taxas não será tão agressivo como se pensa**
Neste momento, o mercado prevê que, até ao final do próximo ano, a Fed faça apenas 3 cortes nas taxas, de 25 pontos base cada um. Dois desses cortes deverão acontecer ainda com Powell em funções. Quando Hassett assumir realmente o cargo, na segunda metade de 2026, poderá restar espaço para apenas mais um corte. Isto está longe dos “cortes agressivos” de que Trump fala.
**A inflação é que manda**
A lógica do mercado é simples. Na altura da transição de poder, a taxa de inflação deverá manter-se por volta dos 3%. Isto significa que a taxa de juro real (taxa nominal menos inflação) estará próxima de zero. Pensa bem: taxa real a zero significa que a política monetária já está suficientemente expansionista — não há grande necessidade de mais estímulos.
Ou seja —
Com ou sem mudança de liderança, o combate à inflação continua a ser a prioridade. As promessas de “grandes cortes nas taxas” de Trump são mais para consumo político. Nem o mercado de obrigações nem o de ações devem entusiasmar-se demasiado: para o ano não haverá “chuva de liquidez”.
**O essencial é a inflação**
Será que Hassett vai seguir a linha conservadora de Powell, ou vai tentar algo diferente? No fim, tudo depende de o cenário da inflação lhe dar ou não margem de manobra. Amigos do mundo cripto, não subestimem o impacto desta lógica nos mercados.
O que acham? Três cortes nas taxas são suficientes para o próximo ano? Partilhem a vossa opinião nos comentários.