Balancer detalha plano de reembolso após ataque hacker de US$ 128 milhões em criptomoedas

Source: PortaldoBitcoin Original Title: Balancer detalha plano de reembolso após ataque hacker de US$ 128 milhões em criptomoedas Original Link: O protocolo de finanças descentralizadas Balancer traçou uma estrutura para devolver milhões em ativos resgatados aos provedores de liquidez após uma exploração que drenou mais de US$ 128 milhões de seus pools V2, em um dos maiores ataques DeFi do ano.

O plano publicado por dois membros da comunidade do protocolo Balancer busca dar feedback da comunidade sobre os planos de distribuição de aproximadamente US$ 8 milhões em fundos, “incluindo tanto resgates de whitehats quanto esforços de recuperação interna”.

A discussão surge na sequência do ataque à Balancer no início deste mês, que drenou milhões em cinco redes diferentes, forçou pausas de emergência e levou à intervenção de whitehats, também conhecidos como “hackers éticos” ou “hackers do bem”.

De acordo com a proposta, aproximadamente US$ 28 milhões dos fundos roubados foram recuperados por meio de uma combinação de intervenções éticas, resgates internos e ações de terceiros.

“Incidentes como este mostram a importância de o DeFi ter visibilidade clara e em tempo real do que está acontecendo na blockchain”, disse a equipe do Blockscout, um explorador de blocos de código aberto para blockchains baseadas na EVM. “Quanto mais transparentes e rastreáveis os protocolos se tornarem, mais rápido o ecossistema poderá responder, conter danos e recuperar fundos”.

A estrutura abrange apenas os US$ 8 milhões recuperados diretamente por hackers éticos e pelas equipes internas da Balancer, enquanto o protocolo de staking líquido baseado em Ethereum, StakeWise, devolverá separadamente os US$ 19,7 milhões restantes em osETH e osGNO aos seus próprios usuários por meio de seu processo de governança.

“O Acordo de Porto Seguro, adotado pela Balancer DAO, fornece termos claros para intervenções de hackers éticos”, observa a proposta, especificando que as recompensas são pagas nos mesmos tokens dos fundos recuperados e não podem ser retidas diretamente dos ativos resgatados.

A proposta adota uma abordagem não socializada para o reembolso, o que significa que os fundos recuperados de cada pool afetado serão distribuídos apenas aos provedores de liquidez desse pool e rede específicos, em vez de espalhar as perdas por todos os usuários.

As distribuições serão proporcionais às participações em blocos de snapshots específicos, coletados imediatamente antes da primeira transação de exploração.

De acordo com a plataforma, os socorristas que agiram de forma ética durante o ataque receberão uma recompensa de 10%, limitada a US$ 1 milhão por operação, após concluírem a verificação de identidade, KYC (Conheça Seu Cliente) e triagem de sanções.

A proposta identificou seis agentes éticos que recuperaram aproximadamente US$ 3,9 milhões em diversas redes durante a exploração da vulnerabilidade.

Entre eles, o whitehat anônimo “Anon #1” liderou as recuperações, com US$ 2,68 milhões resgatados na Polygon, incluindo 8 milhões de WPOL, 6,8 milhões de MaticX, 2,9 milhões de TruMATIC e 72.000 tokens stMatic.

A Balancer também realizou uma operação interna de resgate, em coordenação com a empresa de segurança Certora, recuperando mais US$ 4,1 milhões de pools metaestáveis vulneráveis nas redes Ethereum, Optimism e Arbitrum, que estavam em risco, mas ainda não haviam sido exploradas.

Esses fundos resgatados internamente não serão elegíveis para as recompensas do programa SEAL Safe Harbor, visto que a Certora operava sob uma relação de serviço preexistente com a Balancer, e o acordo incentiva especificamente atores externos em vez de respostas internas coordenadas, conforme a proposta.

Será desenvolvido um mecanismo de reivindicação que exigirá que os reclamantes forneçam prova digital de concordância com os termos e condições do Balancer, concordando explicitamente em isentar o Balancer Labs, o Balancer DAO, a Balancer Foundation e as partes afiliadas de responsabilidades relacionadas à exploração.

O plano inclui um período de reclamação de 180 dias, após o qual os ativos não reclamados são classificados como inativos e reatribuídos somente por meio de uma decisão subsequente de governança.