Após o Dia de Ação de Graças, o Bitcoin voltou a 90 mil dólares, e o motor por trás desta recuperação é um pouco inesperado - um "Livro Bege".

Originalmente, este era um relatório rotineiro da Reserva Federal, mas o encerramento do governo impediu a divulgação de outros dados econômicos. Como resultado, as três frases deste relatório acenderam diretamente o mercado: o crescimento econômico dos EUA estagnou, o mercado de trabalho esfriou e os gastos de consumo estão fracos. O mercado imediatamente apostou em um corte de taxas em dezembro, com a probabilidade a subir de 20% para 86%.

Os bancos centrais globais também não estão parados. O Japão emitiu 11,5 trilhões de ienes em dívida pública para salvar a economia, e o déficit fiscal do Reino Unido está perto dos níveis da crise financeira de 2008. Quanto mais instável o sistema monetário, mais capital flui para o mercado de criptomoedas.

Bitcoin em si no Q4 é uma janela de força nas regras históricas. Este ano ainda coincide com a expectativa de aumento da redução das taxas de juros, a recuperação da liquidez na Ásia e o gradual esclarecimento do quadro regulatório, vários fatores se sobrepondo, a situação realmente é bastante forte.

Agora vem a questão: se as ações dos EUA iniciarem a corrida de Natal (os dados históricos mostram uma taxa de sucesso de quase 80%), o Bitcoin vai decolar junto? Ou será que, mesmo que as ações não colaborem, o mercado de criptomoedas conseguirá ter uma alta independente?

Pessoalmente, eu inclino-me a pensar que nesta rodada de liberação de liquidez, o Bitcoin pode se beneficiar. Afinal, os fundos globais estão se reconfigurando em busca de ativos seguros, enquanto a atratividade dos ativos tradicionais está em declínio. No final deste ano, será que o mercado de criptomoedas será uma celebração ou uma reestruturação? Vamos aguardar para ver.