Estou obcecado por aqueles malditos macacos de cartoon há anos, e deixe-me dizer-lhe - eles não são apenas JPEGs. O Bored Ape Yacht Club é este estranho fenómeno cultural que surgiu em 2021, e eu mergulhei de cabeça como todos os outros apanhados na loucura das criptomoedas.

Cada um desses 10.000 macacos feios-bonitos na Ethereum representa mais do que apenas direitos de gabar-se digitais. Comprei o meu como um ingresso para o que parecia o clube digital mais legal já criado. A exclusividade é intoxicante - saber que celebridades como Jimmy Fallon possuem o mesmo tipo de ativo digital que eu? Essa merda mexe com a sua cabeça.

Mas sejamos realistas - toda essa situação cheira a elitismo e gentrificação digital. Enquanto as pessoas lutam para pagar o aluguel, outras gastam milhões em macacos de desenho animado. Eu assisti o preço mínimo oscilar selvagemente entre altos insanos e baixos deprimentes. Atualmente, flutuando em torno de 9,31 ETH ( cerca de $36K), essas coisas são basicamente símbolos de status de luxo para os ricos em cripto.

O que me frustra é como a Yuga Labs comercializou estes como ativos da comunidade enquanto cria uma hierarquia digital que espelha as piores partes da nossa sociedade existente. Claro, tenho acesso a festas e a possíveis futuros lançamentos, mas a "utilidade" prometida muitas vezes parece vazia.

Eu ganhei dinheiro negociando esses, sem dúvida, mas não consigo me livrar da sensação de que todos estamos participando de algum elaborado esquema ponzi digital. As plataformas de negociação arrecadam taxas enquanto pessoas comuns esperam vender seus macacos para tolos maiores.

A tecnologia é genuinamente inovadora - propriedade programável na blockchain que concede direitos de acesso exclusivos. Mas quando o zeitgeist cultural muda ( e ele sempre muda ), o que acontece a todos esses macacos caros? O mercado já está esfriando em comparação com o pico de 2021.

Para o melhor ou para o pior, o BAYC mudou a propriedade digital para sempre. Mas enquanto olho para o meu avatar de macaco, às vezes me pergunto se olharemos para todo esse fenômeno como brilhantemente transformador ou criminosamente estúpido.