As autoridades sul-coreanas relataram um aumento dramático nas transações de criptomoedas suspeitas este ano. De acordo com dados da Unidade de Inteligência Financeira (FIU) e do Serviço de Alfândega da Coreia (KCS), entre janeiro e agosto de 2025, foram registradas 36.684 denúncias de transações suspeitas (STRs). Este número já supera os totais combinados de 2023 (16.076) e 2024 (19.658).
Para comparação, em 2021 houve apenas 199 relatórios, enquanto em 2022 o número subiu para 10.797. O aumento sublinha as crescentes preocupações sobre a lavagem de dinheiro e o financiamento ilícito que fluem através de canais de criptomoeda.
🔹 Relatórios de Transações Suspeitas (STRs) são obrigatórios na Coreia do Sul para bancos, cassinos e prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs). Sempre que houver suspeita razoável de que os fundos possam estar ligados a atividades criminosas, devem ser reportados às autoridades reguladoras.
Transferências ilegais e stablecoins sob escrutínio
As autoridades observaram que a maioria das transações sinalizadas envolve esquemas de "hwanchigi" — transferências ilegais de câmbio estrangeiro. Os rendimentos criminosos são convertidos em cripto através de plataformas offshore, canalizados para bolsas domésticas e depois retirados em won coreano.
De 2021 até agosto de 2025, o KCS referiu crimes relacionados com criptomoedas no valor de 7,1 mil milhões de dólares aos procuradores, dos quais 6,4 mil milhões (90%) estavam ligados a operações hwanchigi.
Em maio, oficiais de alfândega descobriram uma rede subterrânea usando Tether (USDT) para transferir ilegalmente cerca de 42 milhões de dólares entre a Coreia do Sul e a Rússia. Mais de 6.000 transações foram executadas, e dois cidadãos russos foram acusados pelo seu papel.
Legisladores como Jin Sung-joon instaram a FIU e KCS a intensificar a aplicação da lei e a adotar contramedidas sistemáticas para rastrear fundos criminosos e bloquear transferências ocultas.
Um dilema regulatório global
Os números da Coreia do Sul refletem um desafio de política mais amplo em todo o mundo. Enquanto as stablecoins e os ativos digitais permitem pagamentos transfronteiriços mais rápidos e baratos, eles também criam novos caminhos para fluxos ilícitos.
A regulamentação MiCA da UE aborda este risco da seguinte forma:
🔹 Limitar o uso de stablecoins a 1 milhão de transações por dia ou €200 milhões em valor
🔹 Exigindo que os emissores possuam licenças e cumpram rigorosos padrões de transparência
Outros bancos centrais apresentaram medidas semelhantes. Em 2021, o Banco Central Europeu propôs limitar as posses individuais de euros digitais a €3.000 por pessoa. Em 2023, o Banco da Inglaterra definiu limites propostos para libras digitais entre £10.000 e £20.000. No entanto, grupos de criptomoedas do Reino Unido criticaram a abordagem como impraticável.
📌 Conclusão
Para a Coreia do Sul, 2025 está a moldar-se como um alerta de que a próspera indústria de criptomoedas, sem uma supervisão forte, pode ser mal utilizada em grande escala. Se a tendência continuar, os reguladores em casa e no exterior poderão ser forçados a implementar restrições mais rigorosas para acompanhar a nova onda de crime financeiro.
Fique um passo à frente – siga o nosso perfil e mantenha-se informado sobre tudo o que é importante no mundo das criptomoedas!
Aviso:
,,As informações e opiniões apresentadas neste artigo destinam-se exclusivamente a fins educativos e não devem ser consideradas como aconselhamento de investimento em qualquer situação. O conteúdo destas páginas não deve ser considerado como aconselhamento financeiro, de investimento ou qualquer outra forma de aconselhamento. Advertimos que investir em criptomoedas pode ser arriscado e pode levar a perdas financeiras.“
Ver original
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
A Coreia do Sul regista um aumento recorde em transações cripto suspeitas em 2025
Números recorde destacam riscos crescentes
As autoridades sul-coreanas relataram um aumento dramático nas transações de criptomoedas suspeitas este ano. De acordo com dados da Unidade de Inteligência Financeira (FIU) e do Serviço de Alfândega da Coreia (KCS), entre janeiro e agosto de 2025, foram registradas 36.684 denúncias de transações suspeitas (STRs). Este número já supera os totais combinados de 2023 (16.076) e 2024 (19.658). Para comparação, em 2021 houve apenas 199 relatórios, enquanto em 2022 o número subiu para 10.797. O aumento sublinha as crescentes preocupações sobre a lavagem de dinheiro e o financiamento ilícito que fluem através de canais de criptomoeda. 🔹 Relatórios de Transações Suspeitas (STRs) são obrigatórios na Coreia do Sul para bancos, cassinos e prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs). Sempre que houver suspeita razoável de que os fundos possam estar ligados a atividades criminosas, devem ser reportados às autoridades reguladoras.
Transferências ilegais e stablecoins sob escrutínio
As autoridades observaram que a maioria das transações sinalizadas envolve esquemas de "hwanchigi" — transferências ilegais de câmbio estrangeiro. Os rendimentos criminosos são convertidos em cripto através de plataformas offshore, canalizados para bolsas domésticas e depois retirados em won coreano. De 2021 até agosto de 2025, o KCS referiu crimes relacionados com criptomoedas no valor de 7,1 mil milhões de dólares aos procuradores, dos quais 6,4 mil milhões (90%) estavam ligados a operações hwanchigi. Em maio, oficiais de alfândega descobriram uma rede subterrânea usando Tether (USDT) para transferir ilegalmente cerca de 42 milhões de dólares entre a Coreia do Sul e a Rússia. Mais de 6.000 transações foram executadas, e dois cidadãos russos foram acusados pelo seu papel. Legisladores como Jin Sung-joon instaram a FIU e KCS a intensificar a aplicação da lei e a adotar contramedidas sistemáticas para rastrear fundos criminosos e bloquear transferências ocultas.
Um dilema regulatório global
Os números da Coreia do Sul refletem um desafio de política mais amplo em todo o mundo. Enquanto as stablecoins e os ativos digitais permitem pagamentos transfronteiriços mais rápidos e baratos, eles também criam novos caminhos para fluxos ilícitos. A regulamentação MiCA da UE aborda este risco da seguinte forma:
🔹 Limitar o uso de stablecoins a 1 milhão de transações por dia ou €200 milhões em valor
🔹 Exigindo que os emissores possuam licenças e cumpram rigorosos padrões de transparência Outros bancos centrais apresentaram medidas semelhantes. Em 2021, o Banco Central Europeu propôs limitar as posses individuais de euros digitais a €3.000 por pessoa. Em 2023, o Banco da Inglaterra definiu limites propostos para libras digitais entre £10.000 e £20.000. No entanto, grupos de criptomoedas do Reino Unido criticaram a abordagem como impraticável.
📌 Conclusão
Para a Coreia do Sul, 2025 está a moldar-se como um alerta de que a próspera indústria de criptomoedas, sem uma supervisão forte, pode ser mal utilizada em grande escala. Se a tendência continuar, os reguladores em casa e no exterior poderão ser forçados a implementar restrições mais rigorosas para acompanhar a nova onda de crime financeiro.
#SouthKorea , #CryptoRegulation , #Stablecoins , #aml , #CryptoCrime
Fique um passo à frente – siga o nosso perfil e mantenha-se informado sobre tudo o que é importante no mundo das criptomoedas! Aviso: ,,As informações e opiniões apresentadas neste artigo destinam-se exclusivamente a fins educativos e não devem ser consideradas como aconselhamento de investimento em qualquer situação. O conteúdo destas páginas não deve ser considerado como aconselhamento financeiro, de investimento ou qualquer outra forma de aconselhamento. Advertimos que investir em criptomoedas pode ser arriscado e pode levar a perdas financeiras.“