# Salomon Brothers afirmou direitos sobre carteiras de bitcoin "abandonadas" através do OP_RETURN
O banco de investimento Salomon Brothers enviou notificações para endereços de bitcoin que considera "abandonados". A empresa pretende obter acesso a eles, escreve a CoinDesk.
O objetivo é proteger os fundos de criminosos e "estados párias", disseram representantes da instituição financeira. A base legal é a "doutrina da abandonabilidade de bens", segundo a qual fundos inativos por 14 anos podem ser considerados sem dono.
O banco utilizou transações especiais para inserir mensagens na blockchain. Refere-se ao script OP_RETURN — um mecanismo padrão que permite embutir dados arbitrários em transações de bitcoin.
A iniciativa gerou controvérsias na comunidade. Alguns sugerem uma ligação do banco com o autoproclamado criador do bitcoin, Craig Wright. O CEO do Naoris Protocol, David Carvalho, destacou que o Salomon Brothers "utilizam a infraestrutura da primeira criptomoeda como um quadro de anúncios". Segundo ele, o banco tem como alvo grandes carteiras, incluindo um endereço com 80 000 BTC.
Os detentores de bitcoins têm 90 dias para confirmar a propriedade. Para isso, é necessário realizar uma transação ou preencher um formulário no site do banco.
Alguns usuários já reagiram e moveram ativos para novos endereços. O cliente Salomon Brothers, cujo nome não é revelado, planeja direcionar parte dos fundos para um fundo para usuários que perderam as chaves.
A forma de obter acesso às carteiras continua a ser incerta. Carvalho acredita que a comunidade do bitcoin "não está fazendo o necessário" para se proteger contra ameaças como a quebra quântica. Ele descreveu as propostas de segurança existentes como "totalmente inadequadas", e a velocidade de sua implementação como demasiado lenta face ao risco para ativos de $700 bilhões.
A doutrina da renúncia de bens é uma ferramenta jurídica consolidada no direito clássico, mas sua aplicação ao bitcoin é uma inovação extremamente controversa e potencialmente perigosa. Até agora, não há precedentes nos tribunais, e essa abordagem pode ser vista como uma tentativa de legalizar reivindicações sobre bens de terceiros com cobertura jurídica.
Recordamos que a CryptoQuant afirmou que as operações com moedas "dormidas" se tornaram sistemáticas: desde 2023, o volume médio mensal de transações com "velhos" bitcoins aumentou de 4900 BTC para 30 700 BTC.
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Salomon Brothers declarou direitos sobre carteiras de bitcoin "abandonadas".
O banco de investimento Salomon Brothers enviou notificações para endereços de bitcoin que considera "abandonados". A empresa pretende obter acesso a eles, escreve a CoinDesk.
O objetivo é proteger os fundos de criminosos e "estados párias", disseram representantes da instituição financeira. A base legal é a "doutrina da abandonabilidade de bens", segundo a qual fundos inativos por 14 anos podem ser considerados sem dono.
O banco utilizou transações especiais para inserir mensagens na blockchain. Refere-se ao script OP_RETURN — um mecanismo padrão que permite embutir dados arbitrários em transações de bitcoin.
A iniciativa gerou controvérsias na comunidade. Alguns sugerem uma ligação do banco com o autoproclamado criador do bitcoin, Craig Wright. O CEO do Naoris Protocol, David Carvalho, destacou que o Salomon Brothers "utilizam a infraestrutura da primeira criptomoeda como um quadro de anúncios". Segundo ele, o banco tem como alvo grandes carteiras, incluindo um endereço com 80 000 BTC.
Os detentores de bitcoins têm 90 dias para confirmar a propriedade. Para isso, é necessário realizar uma transação ou preencher um formulário no site do banco.
Alguns usuários já reagiram e moveram ativos para novos endereços. O cliente Salomon Brothers, cujo nome não é revelado, planeja direcionar parte dos fundos para um fundo para usuários que perderam as chaves.
A forma de obter acesso às carteiras continua a ser incerta. Carvalho acredita que a comunidade do bitcoin "não está fazendo o necessário" para se proteger contra ameaças como a quebra quântica. Ele descreveu as propostas de segurança existentes como "totalmente inadequadas", e a velocidade de sua implementação como demasiado lenta face ao risco para ativos de $700 bilhões.
A doutrina da renúncia de bens é uma ferramenta jurídica consolidada no direito clássico, mas sua aplicação ao bitcoin é uma inovação extremamente controversa e potencialmente perigosa. Até agora, não há precedentes nos tribunais, e essa abordagem pode ser vista como uma tentativa de legalizar reivindicações sobre bens de terceiros com cobertura jurídica.
Recordamos que a CryptoQuant afirmou que as operações com moedas "dormidas" se tornaram sistemáticas: desde 2023, o volume médio mensal de transações com "velhos" bitcoins aumentou de 4900 BTC para 30 700 BTC.