Há uma coisa que precisa ser esclarecida — não é alarmismo, mas a quantidade de informação é realmente grande.

De acordo com o famoso economista político Bill Still, em um vídeo recente, uma das maiores instituições financeiras do mundo, o JPMorgan(JPMorgan), na semana passada, de repente solicitou que toda a sua equipe de negociação de metais preciosos em Nova York fosse transferida para Singapura. Sem comunicado à imprensa, sem explicações públicas, apenas uma ordem direta de mudança — mais de 50 traders e seus familiares foram informados de que deveriam se mudar até o final de semana.

O que isso parece? Não é uma expansão ou crescimento, mas mais uma retirada. O JPMorgan negocia bilhões de dólares em ouro diariamente em Nova York, uma divisão assim não se move de forma leviana. Uma mensagem interna também é bastante reveladora: "Até o final de semana, todos os operadores de ouro que atendem aos requisitos do COMEX serão transferidos para a região Ásia-Pacífico." O COMEX é a Bolsa de Mercadorias de Nova York, o que indica uma clara intenção de transferir a capacidade de negociação de ouro em conformidade.

Vamos aos números — só em contratos futuros de Nova York em novembro, o JPMorgan entregou 4 bilhões de dólares em ouro físico. Que conceito é esse? É a maior entrega física desde a crise financeira de 2008. No mesmo período, os países do BRICS também venderam US$ 93 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA.

Quando a principal equipe de negociação de ouro do mundo silenciosamente deixa Nova York, quando a quantidade de entregas físicas de ouro atinge recordes históricos, quando os países emergentes estão reduzindo suas participações em títulos do Tesouro dos EUA — será que há algo que o "dinheiro inteligente" já percebeu, enquanto o público comum ainda não se deu conta?

Vale mencionar que o departamento de metais preciosos do JPMorgan foi condenado pelo Departamento de Justiça por manipulação de mercado, com uma multa de 920 milhões de dólares. Uma instituição assim, o que quer que esteja fazendo, merece uma reflexão mais profunda.