Futuros de café sofreram uma correção significativa hoje, com contratos de arábica de março caindo 11,65 pontos (-3,09%) e robusta de janeiro deslizando 143 pontos (-3,09%), marcando uma baixa de 7 semanas para o arábica. A venda acentuada foi desencadeada pela ordem executiva do Presidente Trump que removeu tarifas sobre as importações de alimentos brasileiros, especificamente eliminando a tarifa de 40% sobre o café brasileiro—uma mudança crucial que reconfigurou o sentimento do mercado.
Mudança de Política Acelera o Momentum de Baixa
A isenção de tarifas imediatamente catalisou um enfraquecimento da moeda brasileira frente ao dólar, atingindo uma mínima de 1 mês. A depreciação cambial tradicionalmente beneficia os exportadores, levando os produtores brasileiros de café a acelerarem as vendas. Este aumento na oferta ocorre enquanto o mercado lida com reservas abundantes de café brasileiro destinadas aos mercados internacionais, incluindo produtos que alimentam tanto os mercados de commodities quanto as indústrias alimentares locais, como a produção de comida de rua brasileira.
Dinâmica de Oferta: Brasil e Vietnã Lideram o Aumento de Produção
As regiões produtoras de café do Brasil, especialmente Minas Gerais—o maior centro de produção de arábica do país—devem entregar aumentos substanciais. A StoneX previu que o Brasil produzirá 70,7 milhões de sacos na temporada 2026/27, representando um aumento de 29% em relação ao ano anterior, com arábica respondendo por 47,2 milhões de sacos. Enquanto isso, o Vietnã, o maior produtor mundial de robusta, reportou crescimento explosivo: as exportações aumentaram 13,4% em relação ao ano anterior até outubro de 2025, atingindo 1,31 milhão de toneladas métricas, com a produção total de 2025/26 projetada em 1,76 milhão de toneladas métricas.
Padrões Climáticos Criam Sinais Mistas
A precipitação na faixa de café do Brasil apoia o desenvolvimento da safra, mas pressiona os preços para baixo. A Climatempo projeta chuvas intensas nas zonas de café durante a próxima semana, enquanto a região de Minas Gerais recebeu recentemente 42% da média histórica de precipitação. Por outro lado, o Vietnã enfrenta atrasos na colheita na província de Dak Lak devido ao excesso de umidade, potencialmente restringindo os estoques de curto prazo para contratos de robusta.
Escassez de Estoques Oferece Apoio Limitado
As cadeias de suprimento de café dos EUA se estreitaram consideravelmente após a implementação da tarifa original. Os estoques de arábica na ICE caíram para um mínimo de 1,75 anos, de 398.645 sacos, enquanto os estoques de robusta atingiram mínimas de 4 meses, com 5.567 lotes. Os importadores americanos reduziram as compras de café brasileiro em 52% de agosto a outubro em comparação ao ano anterior, registrando apenas 983.970 sacos, pois as tarifas desencorajaram novas contratações.
Perspectiva de Produção Global Permanece Abundante
A Organização Internacional do Café reportou que as exportações globais de outubro a setembro caíram 0,3% em relação ao ano anterior, para 138,658 milhões de sacos, sinalizando restrições modestas de oferta. No entanto, o Serviço de Agricultura Estrangeira do USDA projeta que a produção global de 2025/26 aumentará 2,5% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde de 178,68 milhões de sacos, com a produção de robusta crescendo 7,9%, para 81,658 milhões de sacos, mesmo com a queda de 1,7% na produção de arábica, para 97,022 milhões de sacos. As reservas de fim de ano devem aumentar 4,9%, para 22,819 milhões de sacos.
Conclusão do Mercado
A reversão das tarifas desfez a estrutura de suporte anterior do mercado de café, sobrecarregando a escassez de estoques com uma onda de entusiasmo pela oferta brasileira. A fraqueza dos preços reflete o impacto imediato da política nos incentivos à exportação e na dinâmica cambial, embora riscos de produção impulsionados pelo clima no Vietnã e um crescimento modesto na oferta global possam oferecer resistência ocasional a quedas adicionais.
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O Mercado Global de Café Enfrenta Pressão com a Isenção de Tarifas dos EUA Liberando Oferta Brasileira
Futuros de café sofreram uma correção significativa hoje, com contratos de arábica de março caindo 11,65 pontos (-3,09%) e robusta de janeiro deslizando 143 pontos (-3,09%), marcando uma baixa de 7 semanas para o arábica. A venda acentuada foi desencadeada pela ordem executiva do Presidente Trump que removeu tarifas sobre as importações de alimentos brasileiros, especificamente eliminando a tarifa de 40% sobre o café brasileiro—uma mudança crucial que reconfigurou o sentimento do mercado.
Mudança de Política Acelera o Momentum de Baixa
A isenção de tarifas imediatamente catalisou um enfraquecimento da moeda brasileira frente ao dólar, atingindo uma mínima de 1 mês. A depreciação cambial tradicionalmente beneficia os exportadores, levando os produtores brasileiros de café a acelerarem as vendas. Este aumento na oferta ocorre enquanto o mercado lida com reservas abundantes de café brasileiro destinadas aos mercados internacionais, incluindo produtos que alimentam tanto os mercados de commodities quanto as indústrias alimentares locais, como a produção de comida de rua brasileira.
Dinâmica de Oferta: Brasil e Vietnã Lideram o Aumento de Produção
As regiões produtoras de café do Brasil, especialmente Minas Gerais—o maior centro de produção de arábica do país—devem entregar aumentos substanciais. A StoneX previu que o Brasil produzirá 70,7 milhões de sacos na temporada 2026/27, representando um aumento de 29% em relação ao ano anterior, com arábica respondendo por 47,2 milhões de sacos. Enquanto isso, o Vietnã, o maior produtor mundial de robusta, reportou crescimento explosivo: as exportações aumentaram 13,4% em relação ao ano anterior até outubro de 2025, atingindo 1,31 milhão de toneladas métricas, com a produção total de 2025/26 projetada em 1,76 milhão de toneladas métricas.
Padrões Climáticos Criam Sinais Mistas
A precipitação na faixa de café do Brasil apoia o desenvolvimento da safra, mas pressiona os preços para baixo. A Climatempo projeta chuvas intensas nas zonas de café durante a próxima semana, enquanto a região de Minas Gerais recebeu recentemente 42% da média histórica de precipitação. Por outro lado, o Vietnã enfrenta atrasos na colheita na província de Dak Lak devido ao excesso de umidade, potencialmente restringindo os estoques de curto prazo para contratos de robusta.
Escassez de Estoques Oferece Apoio Limitado
As cadeias de suprimento de café dos EUA se estreitaram consideravelmente após a implementação da tarifa original. Os estoques de arábica na ICE caíram para um mínimo de 1,75 anos, de 398.645 sacos, enquanto os estoques de robusta atingiram mínimas de 4 meses, com 5.567 lotes. Os importadores americanos reduziram as compras de café brasileiro em 52% de agosto a outubro em comparação ao ano anterior, registrando apenas 983.970 sacos, pois as tarifas desencorajaram novas contratações.
Perspectiva de Produção Global Permanece Abundante
A Organização Internacional do Café reportou que as exportações globais de outubro a setembro caíram 0,3% em relação ao ano anterior, para 138,658 milhões de sacos, sinalizando restrições modestas de oferta. No entanto, o Serviço de Agricultura Estrangeira do USDA projeta que a produção global de 2025/26 aumentará 2,5% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde de 178,68 milhões de sacos, com a produção de robusta crescendo 7,9%, para 81,658 milhões de sacos, mesmo com a queda de 1,7% na produção de arábica, para 97,022 milhões de sacos. As reservas de fim de ano devem aumentar 4,9%, para 22,819 milhões de sacos.
Conclusão do Mercado
A reversão das tarifas desfez a estrutura de suporte anterior do mercado de café, sobrecarregando a escassez de estoques com uma onda de entusiasmo pela oferta brasileira. A fraqueza dos preços reflete o impacto imediato da política nos incentivos à exportação e na dinâmica cambial, embora riscos de produção impulsionados pelo clima no Vietnã e um crescimento modesto na oferta global possam oferecer resistência ocasional a quedas adicionais.