Quando as ações caem drasticamente dos seus máximos, muitas vezes sinaliza oportunidade em vez de perigo. Tome a The Trade Desk e a MercadoLibre—ambas caíram 71% e 24% respetivamente dos seus picos históricos, mas aqui está o que a maioria dos investidores está a perder: 42 analistas que cobrem a The Trade Desk veem um potencial de valorização médio de 53%, com a previsão mais otimista a apontar para ganhos de 150%. Entretanto, o consenso de 27 analistas da MercadoLibre indica potencial de valorização de 42%, com uma estimativa alta a implicar retornos de 75%.
Estas não são previsões marginais. São a visão coletiva das mesas de investigação de Wall Street após análises aprofundadas. Então, por que é que o mercado tem sido tão severo com estes nomes?
The Trade Desk: Uma Moat Competitiva Mal Compreendida
A The Trade Desk domina o mercado de plataformas de demanda para publicidade na internet aberta—essencialmente, é o software que ajuda os anunciantes a comprar, medir e otimizar campanhas digitais através de editores independentes, aplicações e serviços de streaming.
Aqui está a perceção crítica que a maioria dos bears está a interpretar mal: A independência da The Trade Desk é a sua maior força. Competidores como a Alphabet e a Meta possuem o seu próprio inventário publicitário, criando um conflito de interesses inerente. Os editores hesitam naturalmente em partilhar dados de desempenho com empresas que também são suas rivais. Esta assimetria confere à The Trade Desk capacidades superiores de medição e segmentação em todo o ecossistema da internet.
A recente queda das ações resulta de preocupações legítimas—a Amazon está a reduzir agressivamente os preços da The Trade Desk e garantiu acordos exclusivos para inventário de TV conectada (CTV) da Netflix e Roku. A TV conectada é o segmento de publicidade de crescimento mais rápido, e o músculo da Amazon representa claramente uma ameaça.
No entanto, aqui está a realidade: os consumidores passam muito mais tempo na internet aberta do que em plataformas fechadas de gigantes tecnológicos. Essa vantagem estrutural não vai desaparecer. Com uma avaliação de 45x lucros e crescimento anual previsto de 20% nos próximos três anos, a The Trade Desk parece razoavelmente avaliada pelo que oferece. A meta média do mercado situa-se em $60 por ação ( a partir de um valor atual de $39), mas Brian Pitz, do BMO Capital, vê $98—um cenário de potencial de valorização de 150% que não parece irrazoável dado o posicionamento da empresa.
MercadoLibre: Crescimento Através de Reinvestimento Estratégico
A MercadoLibre controla o maior marketplace de comércio eletrónico da América Latina, numa região onde a penetração do comércio online ronda os 50% dos níveis dos EUA. Isso por si só sugere um enorme potencial de crescimento. A plataforma beneficia de efeitos de rede poderosos—cada novo comprador atrai vendedores e vice-versa, criando um ciclo auto-reforçado.
A empresa expandiu o seu ecossistema para além do básico do marketplace, incluindo publicidade (comando de mais de 50% dos gastos de publicidade no retalho na América Latina), logística (“a rede de entregas mais rápida e extensa da região”), e serviços financeiros (a maior plataforma no México e Argentina por utilizadores ativos mensais).
Os resultados do 3º trimestre revelaram a complexidade com que os investidores estão a lidar: a receita subiu 39% para $7,4 mil milhões—o 27º trimestre consecutivo a superar os 30% de crescimento. Ainda assim, o lucro líquido GAAP quase não variou, subindo apenas 6% para $8,32 por ação. O culpado? Gastos estratégicos em infraestrutura de envio e expansão de cartões de crédito.
É aqui que a MercadoLibre diferencia investidores inteligentes de traders impacientes. O CFO Martin de los Santos observou que limites de envio mais baixos no Brasil já aceleraram tanto o volume bruto de mercadorias quanto a frequência de compras. Estes investimentos não estão a destruir valor—estão a fertilizar o crescimento futuro. Wall Street prevê um crescimento anual de lucros de 32% nos próximos três anos, tornando um múltiplo de 49x lucros de repente atraente, não caro.
A $1.999 por ação—24% abaixo dos máximos históricos—a avaliação da MercadoLibre reflete mais ceticismo do mercado do que deterioração fundamental. A meta mais alta do Scotiabank de $3.500 implica um potencial de valorização de 75%.
O Caso Contrário
Ambas as ações têm sido penalizadas pelo pessimismo em relação às ações de crescimento e preocupações de margem a curto prazo. Ambas negociam com descontos relevantes em relação aos máximos históricos, apesar de manterem liderança no setor e de executarem investimentos estratégicos que devem aumentar o valor ao longo do tempo. A diferença entre as metas médias dos analistas e os preços atuais (53% para a The Trade Desk, 42% para a MercadoLibre) sugere que o mercado já precificou cenários de pior caso em vez de cenários base.
Para investidores com um horizonte de três anos que tolerem volatilidade, estas avaliações recompensam a convicção contrária.
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Por que a Wall Street vê uma valorização de 75-150% nestes dois stocks de crescimento em baixa
O Mercado Está a Prever Pessimismo Excessivo
Quando as ações caem drasticamente dos seus máximos, muitas vezes sinaliza oportunidade em vez de perigo. Tome a The Trade Desk e a MercadoLibre—ambas caíram 71% e 24% respetivamente dos seus picos históricos, mas aqui está o que a maioria dos investidores está a perder: 42 analistas que cobrem a The Trade Desk veem um potencial de valorização médio de 53%, com a previsão mais otimista a apontar para ganhos de 150%. Entretanto, o consenso de 27 analistas da MercadoLibre indica potencial de valorização de 42%, com uma estimativa alta a implicar retornos de 75%.
Estas não são previsões marginais. São a visão coletiva das mesas de investigação de Wall Street após análises aprofundadas. Então, por que é que o mercado tem sido tão severo com estes nomes?
The Trade Desk: Uma Moat Competitiva Mal Compreendida
A The Trade Desk domina o mercado de plataformas de demanda para publicidade na internet aberta—essencialmente, é o software que ajuda os anunciantes a comprar, medir e otimizar campanhas digitais através de editores independentes, aplicações e serviços de streaming.
Aqui está a perceção crítica que a maioria dos bears está a interpretar mal: A independência da The Trade Desk é a sua maior força. Competidores como a Alphabet e a Meta possuem o seu próprio inventário publicitário, criando um conflito de interesses inerente. Os editores hesitam naturalmente em partilhar dados de desempenho com empresas que também são suas rivais. Esta assimetria confere à The Trade Desk capacidades superiores de medição e segmentação em todo o ecossistema da internet.
A recente queda das ações resulta de preocupações legítimas—a Amazon está a reduzir agressivamente os preços da The Trade Desk e garantiu acordos exclusivos para inventário de TV conectada (CTV) da Netflix e Roku. A TV conectada é o segmento de publicidade de crescimento mais rápido, e o músculo da Amazon representa claramente uma ameaça.
No entanto, aqui está a realidade: os consumidores passam muito mais tempo na internet aberta do que em plataformas fechadas de gigantes tecnológicos. Essa vantagem estrutural não vai desaparecer. Com uma avaliação de 45x lucros e crescimento anual previsto de 20% nos próximos três anos, a The Trade Desk parece razoavelmente avaliada pelo que oferece. A meta média do mercado situa-se em $60 por ação ( a partir de um valor atual de $39), mas Brian Pitz, do BMO Capital, vê $98—um cenário de potencial de valorização de 150% que não parece irrazoável dado o posicionamento da empresa.
MercadoLibre: Crescimento Através de Reinvestimento Estratégico
A MercadoLibre controla o maior marketplace de comércio eletrónico da América Latina, numa região onde a penetração do comércio online ronda os 50% dos níveis dos EUA. Isso por si só sugere um enorme potencial de crescimento. A plataforma beneficia de efeitos de rede poderosos—cada novo comprador atrai vendedores e vice-versa, criando um ciclo auto-reforçado.
A empresa expandiu o seu ecossistema para além do básico do marketplace, incluindo publicidade (comando de mais de 50% dos gastos de publicidade no retalho na América Latina), logística (“a rede de entregas mais rápida e extensa da região”), e serviços financeiros (a maior plataforma no México e Argentina por utilizadores ativos mensais).
Os resultados do 3º trimestre revelaram a complexidade com que os investidores estão a lidar: a receita subiu 39% para $7,4 mil milhões—o 27º trimestre consecutivo a superar os 30% de crescimento. Ainda assim, o lucro líquido GAAP quase não variou, subindo apenas 6% para $8,32 por ação. O culpado? Gastos estratégicos em infraestrutura de envio e expansão de cartões de crédito.
É aqui que a MercadoLibre diferencia investidores inteligentes de traders impacientes. O CFO Martin de los Santos observou que limites de envio mais baixos no Brasil já aceleraram tanto o volume bruto de mercadorias quanto a frequência de compras. Estes investimentos não estão a destruir valor—estão a fertilizar o crescimento futuro. Wall Street prevê um crescimento anual de lucros de 32% nos próximos três anos, tornando um múltiplo de 49x lucros de repente atraente, não caro.
A $1.999 por ação—24% abaixo dos máximos históricos—a avaliação da MercadoLibre reflete mais ceticismo do mercado do que deterioração fundamental. A meta mais alta do Scotiabank de $3.500 implica um potencial de valorização de 75%.
O Caso Contrário
Ambas as ações têm sido penalizadas pelo pessimismo em relação às ações de crescimento e preocupações de margem a curto prazo. Ambas negociam com descontos relevantes em relação aos máximos históricos, apesar de manterem liderança no setor e de executarem investimentos estratégicos que devem aumentar o valor ao longo do tempo. A diferença entre as metas médias dos analistas e os preços atuais (53% para a The Trade Desk, 42% para a MercadoLibre) sugere que o mercado já precificou cenários de pior caso em vez de cenários base.
Para investidores com um horizonte de três anos que tolerem volatilidade, estas avaliações recompensam a convicção contrária.