A indústria de semicondutores tornou-se a espinha dorsal da infraestrutura de IA, e enquanto a Nvidia domina as manchetes com as suas GPUs, uma análise mais aprofundada revela que os fornecedores de componentes estão a captar oportunidades enormes à medida que os operadores de data centers aumentam a escala. Segundo analistas, a verdadeira riqueza está escondida no ecossistema de suporte — e duas empresas merecem atenção séria.
O Problema do Gargalo de Memória que a Micron Acabou de Resolver
A Micron Technology está a resolver uma das maiores dores de cabeça da IA: a largura de banda da memória. A memória de alta largura de banda (HBM) é o componente crítico que determina a velocidade com que uma GPU consegue realmente processar dados. Sem capacidade suficiente de HBM, mesmo os processadores mais potentes como o Blackwell Ultra GB300 da Nvidia e a série MI350 da AMD atingem limites de desempenho.
É aqui que a Micron destaca-se. A sua solução HBM3E oferece 50% mais capacidade do que os concorrentes, consumindo 30% menos energia — uma mudança de jogo para a economia dos data centers. A empresa já vendeu toda a sua oferta de HBM3E para 2026 e está agora a lançar o HBM4, que aumenta a capacidade em mais 60% com uma melhoria adicional de 20% na eficiência energética.
Os números contam a história: a unidade de negócios de Memória Cloud da Micron (onde as vendas de HBM para data centers acontecem) cresceu 257% para $13,5 mil milhões em 2025 fiscal, em comparação com um crescimento geral da receita da empresa de 49%, para $37,3 mil milhões. Com um rácio P/E de apenas 27,3 baseado nos lucros de 2025 fiscal, a Micron está significativamente subvalorizada em comparação com a Nvidia (45,2) e a AMD (57,9). Quando a procura por GPUs supera a oferta — o que está a acontecer agora — os fornecedores de memória tornam-se os guardiões do gargalo.
A Estratégia de Cabos da Corning: A Infraestrutura Invisível
A Corning tem vindo a posicionar-se discretamente como a espinha dorsal de fibra ótica dos data centers de IA. Enquanto a empresa se destacou com o vidro do iPhone da Apple desde 2007, o seu segmento de comunicações óticas é agora o motor de lucros. Os resultados do terceiro trimestre de 2025 mostraram uma subida de 33% na receita de comunicações óticas em relação ao ano anterior, para $1,65 mil milhões, com a parte empresarial (impulsionada por IA) a aumentar 58%.
Um único nó Blackwell da Nvidia contém 72 GPUs conectadas por aproximadamente 3,2 km de cabos de cobre — mas aqui está a mudança: os operadores estão a fazer a transição rápida para a fibra ótica da Corning, que transmite dados mais rápido e a distâncias maiores. À medida que cada nó escala para centenas de GPUs, a quantidade de cabos necessária duplica ou triplica, segundo o CEO Wendell Weeks.
A história do lucro é ainda mais convincente. As comunicações óticas geraram $295 milhões de dólares em lucro líquido durante o Q3, um aumento de 69% em relação ao ano anterior, representando mais da metade do $585 milhões de lucro total trimestral da Corning. A ação atualmente negocia a um P/E de 35,9 — mais barato do que a maioria das ações de chips de IA — sugerindo que o mercado ainda não refletiu totalmente a construção de infraestrutura que se avizinha.
O Que a Análise de Anthony Perde (E Por Que Isso Importa)
Enquanto as escolhas de ações individuais atraem atenção, o padrão mais amplo é claro: quem constrói os componentes que tornam possível o Blackwell e os sistemas de próxima geração está posicionado para o crescimento de 2026. A Corning e a Micron têm ambos poder de fixação de preços, livros de pedidos esgotados e margens a expandir-se mais rapidamente do que os títulos sugerem.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, previu que os gastos com data centers poderiam atingir $4 trilhão anualmente até 2030, à medida que a infraestrutura de IA escala. Esse impulso de um trilhão de dólares significa que os fornecedores não estão apenas a vender componentes — estão a vender soluções para uma indústria em hiper crescimento. Tanto a Corning (com P/E de 35,9) quanto a Micron (com P/E de 27,3) estão a preços para crescimento constante, não para a aceleração prevista para 2026.
A revolução dos semicondutores não se trata apenas de processadores agora. Trata-se de toda a pilha — e os fornecedores que mantêm essa pilha a funcionar estão a superar as expectativas silenciosamente.
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Por que os fornecedores de infraestrutura de IA estão silenciosamente a superar a concorrência em 2026
A indústria de semicondutores tornou-se a espinha dorsal da infraestrutura de IA, e enquanto a Nvidia domina as manchetes com as suas GPUs, uma análise mais aprofundada revela que os fornecedores de componentes estão a captar oportunidades enormes à medida que os operadores de data centers aumentam a escala. Segundo analistas, a verdadeira riqueza está escondida no ecossistema de suporte — e duas empresas merecem atenção séria.
O Problema do Gargalo de Memória que a Micron Acabou de Resolver
A Micron Technology está a resolver uma das maiores dores de cabeça da IA: a largura de banda da memória. A memória de alta largura de banda (HBM) é o componente crítico que determina a velocidade com que uma GPU consegue realmente processar dados. Sem capacidade suficiente de HBM, mesmo os processadores mais potentes como o Blackwell Ultra GB300 da Nvidia e a série MI350 da AMD atingem limites de desempenho.
É aqui que a Micron destaca-se. A sua solução HBM3E oferece 50% mais capacidade do que os concorrentes, consumindo 30% menos energia — uma mudança de jogo para a economia dos data centers. A empresa já vendeu toda a sua oferta de HBM3E para 2026 e está agora a lançar o HBM4, que aumenta a capacidade em mais 60% com uma melhoria adicional de 20% na eficiência energética.
Os números contam a história: a unidade de negócios de Memória Cloud da Micron (onde as vendas de HBM para data centers acontecem) cresceu 257% para $13,5 mil milhões em 2025 fiscal, em comparação com um crescimento geral da receita da empresa de 49%, para $37,3 mil milhões. Com um rácio P/E de apenas 27,3 baseado nos lucros de 2025 fiscal, a Micron está significativamente subvalorizada em comparação com a Nvidia (45,2) e a AMD (57,9). Quando a procura por GPUs supera a oferta — o que está a acontecer agora — os fornecedores de memória tornam-se os guardiões do gargalo.
A Estratégia de Cabos da Corning: A Infraestrutura Invisível
A Corning tem vindo a posicionar-se discretamente como a espinha dorsal de fibra ótica dos data centers de IA. Enquanto a empresa se destacou com o vidro do iPhone da Apple desde 2007, o seu segmento de comunicações óticas é agora o motor de lucros. Os resultados do terceiro trimestre de 2025 mostraram uma subida de 33% na receita de comunicações óticas em relação ao ano anterior, para $1,65 mil milhões, com a parte empresarial (impulsionada por IA) a aumentar 58%.
Um único nó Blackwell da Nvidia contém 72 GPUs conectadas por aproximadamente 3,2 km de cabos de cobre — mas aqui está a mudança: os operadores estão a fazer a transição rápida para a fibra ótica da Corning, que transmite dados mais rápido e a distâncias maiores. À medida que cada nó escala para centenas de GPUs, a quantidade de cabos necessária duplica ou triplica, segundo o CEO Wendell Weeks.
A história do lucro é ainda mais convincente. As comunicações óticas geraram $295 milhões de dólares em lucro líquido durante o Q3, um aumento de 69% em relação ao ano anterior, representando mais da metade do $585 milhões de lucro total trimestral da Corning. A ação atualmente negocia a um P/E de 35,9 — mais barato do que a maioria das ações de chips de IA — sugerindo que o mercado ainda não refletiu totalmente a construção de infraestrutura que se avizinha.
O Que a Análise de Anthony Perde (E Por Que Isso Importa)
Enquanto as escolhas de ações individuais atraem atenção, o padrão mais amplo é claro: quem constrói os componentes que tornam possível o Blackwell e os sistemas de próxima geração está posicionado para o crescimento de 2026. A Corning e a Micron têm ambos poder de fixação de preços, livros de pedidos esgotados e margens a expandir-se mais rapidamente do que os títulos sugerem.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, previu que os gastos com data centers poderiam atingir $4 trilhão anualmente até 2030, à medida que a infraestrutura de IA escala. Esse impulso de um trilhão de dólares significa que os fornecedores não estão apenas a vender componentes — estão a vender soluções para uma indústria em hiper crescimento. Tanto a Corning (com P/E de 35,9) quanto a Micron (com P/E de 27,3) estão a preços para crescimento constante, não para a aceleração prevista para 2026.
A revolução dos semicondutores não se trata apenas de processadores agora. Trata-se de toda a pilha — e os fornecedores que mantêm essa pilha a funcionar estão a superar as expectativas silenciosamente.