Um equívoco comum: todos dizem que o Bitcoin tem um máximo de 21 milhões de moedas, e que uma vez mineradas, acabam. Mas essa compreensão na verdade tem um problema.

A chave está na lógica de design do Satoshi Nakamoto. A cada 21 mil blocos, a recompensa de mineração é reduzida pela metade uma vez. 50 moedas → 25 moedas → 12,5 moedas → 6,25 moedas → 3,125 moedas… e assim por diante. Parece uma contagem decrescente, mas matematicamente, essa sequência se aproxima do zero infinitamente, mas nunca realmente atinge zero. Pode-se imaginar como um copo de água, onde a cada vez que se despeja metade, teoricamente nunca fica completamente vazio.

Por volta de 2140, as novas Bitcoins quase não serão mais emitidas, mas a rede ainda produzirá lentamente. Então, os mineradores ainda terão motivação para continuar minerando? A resposta é sim — com as taxas de transação. No futuro, enquanto houver transações na cadeia, os mineradores terão fontes de receita, e a atividade de mineração não parará.

Como estão os dados atualmente? Já foram mineradas cerca de 19,68 milhões de moedas, restando menos de 1,32 milhão. Quanto mais nos aproximamos do limite teórico, mais lenta fica a emissão, mas a distância do número de 21 milhões de moedas sempre existirá. Essa é a forma definitiva do design de escassez do Bitcoin: uma quantidade aparentemente limitada, que na verdade se aproxima do infinito. Em certo sentido, essa propriedade matemática já determina seu valor de longo prazo.