Hoje, houve um destaque impressionante nas A-shares — uma certa empresa de chips GPU disparou 425% no primeiro dia de cotação, com a capitalização de mercado a atingir os 280 mil milhões. Quem conseguiu entrar na subscrição ganhou mais de 300 mil deitado, e o rótulo de "luz do poder computacional nacional" está a soar por todo o lado.

Mas, olhando friamente, esta jogada tem um cheiro intenso. O grosso das subscrições foi absorvido por instituições e pessoas internas, ficando apenas migalhas para os investidores de retalho. Uma valorização destas no dia de estreia está claramente a criar uma emoção FOMO — para que fiques invejoso e compres em alta, acabando por ficar com os lotes preparados por quem já estava posicionado.

Resumindo, isto é apenas o velho truque do jogo do capital: embalar a história com “escassez” e atrair os incautos com o “mito do enriquecimento”. Queres mesmo participar? Primeiro pergunta-te se vais ser tu a comer ou a servir de suporte à mesa.