Ultimamente tenho estado atento ao movimento do SOL e, para ser sincero, está difícil de decifrar. O gráfico de 4 horas mostra sinais evidentes de recuperação, mas parece que falta ali um pouco de força — será que vai conseguir consolidar-se acima dos 150 dólares, ou até desafiar a zona de resistência dos 157? Ou vai pelo caminho perder o gás e recuar para os 138, chegando talvez a testar o suporte dos 128? Há algo nesta movimentação que merece ser analisado com atenção.

**Fluxos de capital acendem sinal de alerta**

Os dados vindos ontem do mercado americano foram bastante chamativos: o ETF spot de Solana registou uma saída líquida diária de 32,9 milhões de dólares. O produto da 21Shares foi o que mais perdeu, com uma saída direta de 41,8 milhões. Este volume dificilmente é resultado de investidores de retalho — parece mais uma reconfiguração de posições institucionais, ou até uma retirada estratégica. Quando o grande capital começa a sair, o sentimento do mercado costuma mudar em seguida.

**Sinais contraditórios a nível técnico**

No gráfico de 4 horas, o SOL está de facto em ritmo de recuperação. O indicador MACD acabou de formar um cruzamento dourado, mas o problema é que ambas as linhas continuam abaixo da linha zero, o que indica que o impulso da recuperação não é forte — uma verdadeira "flecha sem força".

O preço está agora a oscilar perto dos 143, e há alguns níveis chave a ter em conta:
- 144 é, neste momento, o divisor de águas
- 150 é a primeira barreira desta recuperação
- 157 é uma zona de resistência ainda mais significativa

A olhar para baixo, a zona dos 138-133 funciona como suporte de curto prazo, mas o suporte estrutural mais sólido só aparece nos 128. A questão agora é: será que esta correção vai acabar de forma suave, ou irá mesmo testar a força do fundo nos 128?

O gráfico técnico mostra um típico impasse entre touros e ursos. Por um lado, há sinais de recuperação; por outro, tanto os fluxos de capital como os indicadores de momentum estão a dar sinais opostos. Nos próximos dias, veremos se os touros conseguem resistir à pressão e romper resistências, ou se os ursos vão aproveitar para limpar posições mais frágeis.