Esta recente vaga de quedas deixou toda a gente atordoada — o Bitcoin caiu dos 120.000 dólares para pouco mais de 80.000, e nos grupos só se ouvem lamentos. Mas o analista Vetle Lunde da K33 disse recentemente que "Dezembro será o ponto de viragem", e eu fico a pensar se este pânico não estará a ser um pouco exagerado.

Vamos falar primeiro das duas coisas que mais assustam toda a gente. A ameaça da computação quântica existe, é verdade, mas o padrão de criptografia pós-quântica do NIST só deverá ser implementado em 2035, e a tecnologia quântica atual nem sequer consegue tocar no algoritmo de encriptação do Bitcoin — resumindo, é só mais um "vem aí o lobo" de tantas vezes repetido. E os rumores de venda da MSTR? Por favor, eles têm 650.000 BTC e ainda 1,4 mil milhões de dólares em caixa para cobrir dívidas; aquela frase do Saylor, "nunca vender", não foi dita ao acaso. Só se a empresa colapsasse é que isso poderia acontecer, de resto é impossível haver uma venda em massa — o mercado está só a assustar-se a si próprio.

Mas há duas notícias de peso que parece que o mercado fez questão de ignorar: as contas de reforma 401(k) agora podem incluir criptoativos, o que significa que os fundos de pensões dos americanos estão prestes a entrar — estamos a falar de milhares de milhões em novo capital. E a Reserva Federal, apesar de não o afirmar publicamente, injetou discretamente 13,5 mil milhões de dólares de liquidez em dezembro, e até está a criar plataformas de negociação regulamentadas — isto é claramente um apoio ao mercado.

Os preços atuais são completamente resultado de um colapso emocional, um verdadeiro “fundo de ouro” sem qualquer relação com os fundamentais. Olhando para os gráficos, já há capital a entrar perto dos 80.000, o volume aumentou mas a queda está a abrandar — um sinal clássico de que o pânico está a atingir o fundo. Eu próprio já abri uma pequena posição e, se descer até aos 75.000, planeio reforçar. As instituições estão a acumular discretamente, não deixem que o medo vos controle — não percam esta janela para construir posição até ao final do ano.