#PI# A Deutsche Welle comentou hoje: de fato, a China tem plena razão para considerar o consenso sobre o TikTok como uma vitória histórica: não precisar entregar o algoritmo é um enorme sucesso.

Pequim tem plena consciência de que, uma vez que o TikTok seja banido, a popularidade de Trump também será prejudicada. Foi com base nessa vantagem, juntamente com o entendimento da vaidade de Trump, que a China habilmente se posicionou nas negociações, colocando os Estados Unidos em uma posição da qual não podem abrir mão de suas demandas centrais: o algoritmo continua sob controle da China.

Ainda mais benéfico para Pequim é que os Estados Unidos, no futuro, terão que solicitar formalmente à empresa mãe chinesa ByteDance a licença para usar esse algoritmo. Isso equivale a uma admissão indireta por parte dos EUA de que não conseguem desenvolver essa tecnologia complexa de forma independente, além de fornecer à China um palco para moldar a imagem de um país exportador de alta tecnologia.

Este é exatamente o objetivo que Pequim tem perseguido nos últimos dez anos.

A análise dos comentários diz: através deste acordo, a China continuará a controlar a alavanca chave que influencia o que 170 milhões de usuários americanos veem diariamente nas telas dos seus telefones.

Para os EUA, isso não é apenas um fracasso em torno de um aplicativo, mas também uma admissão da dependência tecnológica em relação à China. Para o conflito comercial ainda em curso entre as duas grandes economias, este acordo é também altamente inspirador: a China mais uma vez prova que a dureza é eficaz contra Trump; enquanto Washington também prova mais uma vez que construir um palco para o presidente é muito mais importante do que defender os interesses nacionais.