Nas últimas 24 horas, o mercado cripto mostrou força. BTC e ETH recuperaram os níveis psicológicos de US$90.000 e US$3.000, impulsionando a melhora do sentimento e a valorização de tokens de plataforma como GT. Setores de tokens em destaque tiveram desempenho expressivo, com Merlin (MERL) explodindo mais de 150% devido à atualização de mainnet e dinâmica de short squeeze; XION (+98,6%) com forte atividade impulsionada pelo par KRW; e BANANAS31 (+66,6%) com volume negociado chegando a US$470 milhões, sinalizando renovado entusiasmo por memecoins. As próximas seções detalham os fatores de alta de cada token.
Segundo o Gate.com, o MERL está cotado em US$0,0552, com alta acima de 150% em 24 horas. Merlin Chain é uma solução Layer 2 nativa do Bitcoin desenvolvida pela Bitmap Technology, lançada em janeiro de 2024. De acordo com a DeFiLlama, o TVL da Merlin supera US$44 milhões, com crescimento de 7,8% em 24 horas.
A valorização do MERL resulta da combinação de narrativa e condições de financiamento. Recentemente, a Merlin Chain realizou uma atualização de mainnet de 12 horas para melhorar escalabilidade e otimizar o ZooKeeper, reduzindo latência e viabilizando mais dApps; isso foi visto como catalisador de preço de curto prazo. Além disso, as taxas negativas anualizadas dos contratos perpétuos MERL com margem USDT nas principais exchanges ultrapassaram 2.000%, gerando pressão altista via short squeeze.
Segundo o Gate.com, o XION está cotado em US$0,067, com alta de 100% em 24 horas. XION é uma blockchain Layer 1 criada pela equipe Burnt, baseada no Cosmos SDK e no consenso Tendermint PoS. O foco é “abstração de cadeia” e experiência Web3 para o consumidor, tornando blockchains “invisíveis” — sem carteiras, seed phrases ou taxas de gas, com login via Face ID ou cartão de crédito e USDC como token de gas.
A alta do XION está ligada ao movimento de investidores coreanos. Após o listing em grande exchange da Coreia do Sul com par KRW, baleias coreanas impulsionaram o hype, com o par XION/KRW respondendo por mais de 30% do volume spot. Vale observar que desbloqueios de tokens para investidores e equipe começam em dezembro, podendo trazer dezenas de milhões de dólares em pressão de venda nos próximos meses.
Segundo o Gate.com, o BANANAS31 está cotado em US$0,0058, com alta acima de 60% em 24 horas. BANANAS31 é uma memecoin da Binance Smart Chain (BSC), inspirada no meme “Banana for Scale”. O projeto busca unir humor da internet com blockchain, IA, dApps e tokenomics.
O rali do BANANAS31 ocorre com volume negociado expressivo, aumento do engajamento comunitário e entrada de capital. O Gate.com aponta volume de US$475 milhões em 24 horas. Com o ressurgimento dos memes na BSC, memecoins com forte cultura meme e histórico de acumulação atraem especuladores.
Em novembro de 2025, a S&P Global Ratings rebaixou o rating de estabilidade do USDT da Tether de “4 (restrita)” para “5 (fraca)”, o menor grau da agência. O rebaixamento se deve ao aumento de “ativos de alto risco” nas reservas do USDT (BTC, metais preciosos, títulos corporativos e empréstimos garantidos); além disso, a S&P aponta deficiências na divulgação de informações, segregação de ativos, mecanismos de hedge e gestão de risco de contrapartes. O relatório destaca que, na revisão mais recente, ativos de alto risco representam cerca de 24% das reservas do USDT, alta frente aos 17% do ano anterior; enquanto a alocação em ativos considerados ideais — Treasuries ou títulos do Tesouro de curto prazo — diminuiu.
O rebaixamento não é arbitrário nem indica problema imediato no USDT; reflete a tendência da S&P de reavaliar riscos, transparência, estrutura de ativos e segurança de resgate no setor de stablecoins. Com volatilidade elevada nos criptoativos e maior atenção de instituições financeiras, a estabilidade e transparência das reservas — como alternativas ou pontes para dólares digitais — tornaram-se essenciais para a credibilidade. O aumento de BTC nas reservas do USDT é visto como exposição a ativo de alto risco e volatilidade, contrariando o conceito tradicional de substituto do dólar. O CEO da Tether respondeu publicamente, afirmando ser uma honra “ser odiado pelo sistema antigo”.
Cosmos é uma rede focada em interoperabilidade entre blockchains, com chains modulares, customizadas e comunicação cross-chain. Permite integração entre diferentes blockchains via Cosmos SDK e protocolo IBC. Nos últimos anos, tanto a adoção do Cosmos quanto o preço do ATOM ficaram aquém das expectativas. Por isso, a comunidade Cosmos está pesquisando e coletando sugestões para revisar o modelo econômico do ATOM.
O novo modelo busca atrelar o valor do ATOM à geração de receita por taxas, em vez de depender só de inflação e staking — ligando o valor do token às atividades e receitas reais do ecossistema Cosmos (uso on-chain, taxas de dApps, transações cross-chain via IBC, uso de infraestrutura). O objetivo é atacar problemas históricos do ATOM:
Os defensores do ATOM esperam que essa revisão, conduzida de forma pública e transparente, com pesquisa e votação comunitária, restaure e fortaleça a confiança na Cosmos.
Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, anunciou doação de 128 ETH para cada um dos projetos Session e SimpleX Chat, apoiando o desenvolvimento em áreas como mensagens privadas, descentralização, proteção de metadados e criação de contas sem permissão. Vitalik destacou que ambos os projetos oferecem criptografia ponta a ponta, privacidade, descentralização, proteção de metadados (remetente/destinatário, horário, frequência), suporte a múltiplos dispositivos e resistência a ataques Sybil/DoS — características essenciais para o futuro da privacidade e comunicação criptografada.
Session é um app descentralizado criado pela Loki Foundation (Session Network), operando sobre blockchain. Permite registro sem número de telefone e mensagens via nós anônimos, tornando os metadados praticamente irrastráveis. O SimpleX Chat adota abordagem sem servidores fixos nem IDs de usuário, usando conexões efêmeras ponta a ponta para comunicação realmente descentralizada. Ambos enfrentam o desafio do vazamento de metadados em chats criptografados tradicionais — ou seja, análise de quem conversa com quem, quando e com que frequência.
Apesar disso, apps descentralizados ainda ficam atrás dos tradicionais em experiência, desempenho e escalabilidade. O equilíbrio entre privacidade e conveniência é o maior desafio técnico. A doação de Vitalik sinaliza que, apesar do ruído do mercado, há quem mantenha os ideais originais: uma internet livre, sem censura e que protege a privacidade.
Plasma foi destaque ao prometer revolucionar a infraestrutura de stablecoins. O token XPL captou mais de US$500 milhões logo após o lançamento, com preço chegando a US$1,67 e market cap acima de US$2 bilhões. Prometia blockchain de próxima geração, alta capacidade, pagamentos instantâneos e escalabilidade, com potencial para transformar o setor.
No entanto, após o lançamento, o uso on-chain e desempenho ficaram muito abaixo do esperado. Com a queda do hype e volumes baixos, o XPL despencou para US$0,18–US$0,20, retração de 88–90% desde o pico. Mesmo com atualização técnica divulgada em novembro, não houve catalisadores relevantes nem recuperação da confiança comunitária. O caso tornou-se símbolo dos riscos de projetos de “infraestrutura de stablecoin + narrativa de alto crescimento” sem dados sólidos e comunicação transparente. Para investidores, é alerta: mesmo projetos de infraestrutura exigem monitoramento de uso real e liquidez antes de avaliar valor e riscos.
Apesar dos catalisadores altistas, o desempenho recente do Bitcoin ficou muito atrás do mercado de ações. A criptomoeda caiu mais de 30% desde o topo, rompendo a média móvel de 50 semanas, enquanto altcoins tiveram quedas ainda maiores — muitas acima de 50%. Só no último mês, o Bitcoin recuou 22%. No mesmo período, o S&P 500 caiu 2,5% e o Nasdaq, historicamente correlacionado ao Bitcoin, apenas 4%.
A diferença se explica pelo otimismo em IA nas bolsas, sustentando ganhos com lucros corporativos e expectativa de corte de juros adiada pelo Fed. Já o mercado cripto sofre com alavancagem excessiva, liquidações e pressão de venda em ativos de risco, gerando cautela. Soma-se a isso realização de lucros por instituições e incertezas macroeconômicas, como tensões comerciais e inflação, pressionando Bitcoin e principais criptoativos. Muitos holders de longo prazo aproveitaram para realizar ganhos, enfraquecendo liquidez e sentimento.
Para 2026, analistas esperam que clareza regulatória e queda de juros sustentem a recuperação do Bitcoin.
Após forte correção, o Bitcoin se aproxima do vencimento mensal de opções nesta sexta-feira. Na queda da semana, o preço chegou a US$81.000 antes de recuperar para US$90.000; o sentimento segue cauteloso, com posições defensivas. O mercado observa de perto o tamanho desse vencimento. Segundo a Deribit, expiram 151.050 BTC em contratos, sendo 94.750 BTC em calls e 56.300 BTC em puts, totalizando US$13,6 bilhões. O put/call ratio de 0,59 indica predominância de posições altistas, mas com alta na demanda por proteção de baixa.
O ponto de máximo sofrimento está em US$101.000 — cerca de 12% acima do preço spot — mostrando o quanto o preço atual se afastou do ideal para vendedores de opções. Cerca de US$3,3 bilhões em contratos estão dentro do dinheiro (22%), enquanto US$11,7 bilhões permanecem fora do dinheiro (77%), indicando apostas em rompimento da consolidação. Puts concentram-se no strike de US$81.000, enquanto calls estão acima de US$120.000, mas a maioria está fora do intervalo de exercício. O sentimento permanece frágil, com forte concentração em posições fora do dinheiro moldando o financiamento. Perto dos principais strikes, operações de hedge dos market makers tendem a amplificar a volatilidade de curto prazo, mantendo as oscilações do Bitcoin elevadas antes do vencimento.

De acordo com a RootData, entre 21 e 27 de novembro de 2025, 12 projetos cripto anunciaram rodadas de financiamento ou fusões/aquisições, abrangendo fintech, DApps, carteiras MPC, RWA, DEX e outros. A seguir, os principais projetos da semana em volume captado:
Em 26 de novembro, a Naver Financial anunciou aquisição da Dunamu via troca de ações, avaliando a empresa em cerca de US$10,3 bilhões.
Dunamu é referência em fintech na Coreia do Sul, especializada em blockchain e tecnologia financeira, operando a maior exchange do país, a Upbit. O grupo Kakao detém atualmente 10,88% de participação, abaixo dos cerca de 20% anteriores.
Em 22 de novembro, a Monad concluiu rodada de US$188 milhões via venda pública na Coinbase.
A Monad desenvolve blockchain Layer 1 de alto desempenho para aplicações descentralizadas de próxima geração, buscando acelerar o potencial disruptivo da descentralização com performance 100 a 1.000 vezes superior aos concorrentes. O salto visa eliminar gargalos das blockchains existentes e viabilizar apps mais complexos com adoção real.
Em 24 de novembro, a Baanx concluiu rodada de US$175 milhões liderada pela Exodus.
A Baanx oferece serviços financeiros digitais e cripto via APIs, incluindo cartões de débito, carteiras digitais, contas IBAN, remessas cripto, soluções de câmbio e gateways de pagamento. Em parceria com a CL Technology, entrega apps white-label totalmente hospedados, permitindo integração de blockchain e ativos digitais em escala global.
Segundo a Tokenomist, o mercado terá desbloqueios relevantes nos próximos 7 dias (28 de novembro a 4 de dezembro de 2025). Os três principais são:
Gate Research é uma plataforma de pesquisa em blockchain e criptomoedas, oferecendo conteúdo aprofundado como análise técnica, insights de mercado, estudos setoriais, previsões de tendências e análises de políticas macroeconômicas.
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