Como escolher o investimento em petróleo bruto? Um artigo para entender as diferenças entre ETF, futuros e ações de petróleo

O petróleo é um dos commodities com maior volume de negociação global e um pilar importante da economia moderna. Para os investidores, participar do mercado de petróleo não se limita a um único canal — diversas formas como futuros, fundos, ETFs, ações de petróleo, opções, entre outros, permitem lucrar com as variações do preço do petróleo. Entre elas, o ETF de petróleo tem sido popular entre investidores de varejo devido à facilidade de negociação e menor barreira de entrada. Mas, afinal, quais são as vantagens e desvantagens do ETF de petróleo? Este artigo irá analisar profundamente o funcionamento do ETF de petróleo, seus produtos de mercado, alternativas de investimento e estratégias de gestão de risco, ajudando você a compreender melhor esse tipo de instrumento financeiro.

Qual é o mecanismo central do ETF de petróleo?

ETF de petróleo foi lançado em 2005, surgindo como um produto financeiro inovador junto com a recuperação econômica global. Diferente do investimento em petróleo físico, o ETF de petróleo não armazena petróleo diretamente, mas replica a tendência de preços do petróleo bruto ou futuros por meio de instrumentos financeiros como contratos de futuros, operações a termo ou swaps. Essa estrutura permite que investidores comuns participem das oscilações do preço do petróleo sem precisar lidar com a complexidade do mercado de futuros.

O ETF de petróleo é negociado em bolsas de valores, com compra e venda semelhantes às ações comuns, oferecendo uma conveniência de negociação sem precedentes. Com a evolução do mercado, surgiram produtos de ETF alavancados e inversos, permitindo operações de 2x a 3x na direção do mercado. Atualmente, os EUA representam o maior mercado de produtos alavancados desse tipo, oferecendo opções mais flexíveis de alocação de ativos.

Visão geral dos produtos ETF de petróleo globais

Opções no mercado de Taiwan

Yuan Da S&P Petróleo ETF (00642U) é o único ETF relacionado ao petróleo em Taiwan. Emitido pela Yuan Da Investment Trust, acompanha o índice S&P Goldman Sachs Oil Enhanced Return, com uma correlação de 0,923 com o preço do petróleo à vista. Taxa de gestão de 1,00% e taxa de custódia de 0,15%. O preço de negociação mais recente foi de NT$14,87, sendo a principal ferramenta para investidores de varejo participarem da alta ou baixa do petróleo.

Outro produto a se observar é o Jiekou Brent Oil Long 2 (00715L), o primeiro ETF de petróleo Brent alavancado 2x em Taiwan, emitido pela iShares. Ele acompanha o índice de retorno diário do petróleo Brent, com alavancagem positiva de duas vezes, taxa de gestão de 1% e taxa de custódia de 0,15%. O preço mais recente foi de NT$11,79. Produtos alavancados ampliam os ganhos, mas também aumentam os riscos.

Opções no mercado de ações dos EUA

O ecossistema de ETFs de petróleo nos EUA é mais desenvolvido. Global X MLP & Energy Infrastructure ETF (MLPX), emitido pela Global X, tem uma taxa de gestão de apenas 0,45% e um rendimento de dividendos anual de até 10,1%, acompanhando o índice de MLPs de petróleo e gás natural, composto por empresas de infraestrutura energética como TC Energy, Enbridge e Williams Companies.

iShares Global Energy ETF (IXC) possui uma taxa de 0,46% e rendimento de dividendos de 11,88% ao ano, acompanhando grandes empresas globais de energia. Entre suas principais ações estão ExxonMobil, Chevron e TotalEnergies, que são gigantes internacionais do petróleo e gás.

Energy Select Sector SPDR Fund (XLE) é o maior em tamanho, com ativos sob gestão de US$8,3313 bilhões, taxa de gestão de 0,13% e rendimento de dividendos de 15,57%. Composto 100% por ações de empresas de energia dos EUA, com foco em grandes conglomerados petrolíferos como Chevron, ExxonMobil e ConocoPhillips.

Existem outras formas de investir em petróleo?

Além de ETFs, os investidores podem escolher outras formas de participação no petróleo de acordo com seu perfil de risco.

Negociação de futuros: maior liquidez, maior barreira de entrada

Futuros de petróleo são a forma mais direta de negociação além do petróleo à vista, com alta liquidez de mercado. Os contratos mais negociados são WTI e Brent, além de futuros de petróleo de enxofre alto e de Dubai Sour. Contudo, os contratos de futuros envolvem valores elevados, exigem margens altas e não são indicados para investidores de pequeno porte ou varejo. Além disso, a volatilidade do preço do petróleo é intensa, dificultando previsões e podendo causar perdas significativas em operações iniciais.

Ações de petróleo: requer análise fundamental aprofundada

Investir diretamente em ações de petróleo é outra alternativa. É necessário acompanhar não só o preço global do petróleo, mas também estudar a potencialidade de produção, saúde financeira, cenário competitivo e o ambiente macroeconômico do setor. Grandes empresas de petróleo incluem Sinopec (maior refinadora do mundo), ExxonMobil, Royal Dutch Shell, BP e TotalEnergies, cada uma com vantagens regionais distintas. Em comparação com ETFs, investir em ações exige maior capacidade analítica, mas oferece potencial de retorno superior.

Opções: uma espada de dois gumes na gestão de risco

Opções permitem que investidores comprem ou vendam contratos de futuros de petróleo a um preço predefinido em uma data futura, funcionando como uma espécie de seguro. Por exemplo, se o preço atual do petróleo é US$30/barril e se espera que em junho atinja US$40 ou mais, pagando uma prêmio de US$0,1 por barril, o investidor pode adquirir o direito de comprar por US$30. Se o preço subir para US$45, ao exercer o contrato, lucra US$4.900. Se o preço cair, pode simplesmente abandonar a opção, perdendo apenas o prêmio. A negociação de opções exige compreensão avançada do mercado e gestão de risco.

Negociação de CFD: outra alternativa de alavancagem

Contratos por Diferença (CFD) permitem que traders usem alavancagem para participar das oscilações do preço do petróleo sem possuir o ativo físico. Com margens de 5% a 20%, é possível controlar posições muito maiores que o capital investido. Por exemplo, com uma margem de 5%, um investimento de US$1.000 em petróleo via CFD controla uma posição de US$20.000. Os CFDs geralmente não cobram taxas de corretagem, lucrando com a diferença de preço, e não têm limite de lotes padrão — é possível negociar 10 barris ao invés de 1.000. Contudo, por serem produtos altamente alavancados, os riscos são elevados, exigindo limites rigorosos de stop-loss para evitar liquidações forçadas.

Por que optar por ETFs de petróleo?

Os ETFs de petróleo combinam várias vantagens, tornando-se uma escolha equilibrada entre risco e retorno.

Facilidade de negociação é a principal vantagem. Sem necessidade de abrir conta de futuros, o investidor pode negociar diretamente na bolsa de valores, com procedimentos simplificados.

Diversificação de risco é evidente. Os ETFs possuem uma cesta de ativos relacionados ao petróleo, evitando exposição excessiva a uma única ação. Além disso, oferecem maior liquidez do que ações individuais, permitindo negociações frequentes no dia a dia para aproveitar oportunidades de curto prazo.

Benefícios fiscais são uma vantagem oculta. Os ganhos de capital só são tributados na venda, proporcionando maior adiamento fiscal em comparação com outros fundos.

Controle de custos é mais eficiente do que futuros ou compra de petróleo físico. Sem custos de armazenamento, seguro ou custódia, as taxas de administração geralmente ficam entre 0,3% e 0,4%, economizando cerca de 2% a 3% em custos em relação a outros métodos de investimento em petróleo.

Negociação bidirecional aumenta a flexibilidade. Os investidores podem abrir posições longas ou curtas, usando ordens limitadas e stops para gerenciar riscos, adaptando-se a diferentes cenários de mercado.

De modo geral, os ETFs de petróleo mantêm algumas vantagens dos futuros, com risco de liquidação forçada relativamente controlado, além de uma barreira de entrada muito menor. É fundamental optar por ETFs de grande porte e com forte respaldo institucional, pois esses têm sistemas de pesquisa mais robustos, melhor previsão do movimento do preço do petróleo e maior segurança de capital.

Riscos que todo investidor em ETFs de petróleo deve entender

Retorno e risco andam juntos. Apesar das vantagens, os ETFs de petróleo também apresentam riscos internos que não podem ser ignorados.

Risco de volatilidade de preço é o principal desafio. Eventos políticos internacionais, conflitos, interrupções na cadeia de suprimentos e mudanças climáticas podem causar oscilações extremas no preço do petróleo. Em 2020, durante a pandemia de COVID-19, o petróleo chegou a preços negativos, demonstrando essa vulnerabilidade. Prever o movimento do preço é extremamente difícil.

Diferenças na liquidez de negociação também devem ser consideradas. Os contratos futuros de petróleo têm volume e posições muito maiores do que os ETFs, sendo mais líquidos para grandes instituições.

Requisitos de experiência do investidor. Muitos investidores iniciantes têm conhecimento limitado sobre contratos de petróleo, o que aumenta o risco de perdas. Alguns ETFs acompanham empresas de petróleo de médio e pequeno porte nos EUA, que podem ser mais vulneráveis à baixa do mercado, podendo até falir, levando a perdas significativas no valor líquido do ETF.

Custos de rolagem elevados. ETFs que acompanham contratos futuros de petróleo enfrentam custos de rolagem frequentes, pois cada vencimento exige troca de contratos, o que pode corroer os retornos ao longo do tempo. Não são indicados para manutenção de longo prazo sem ajustes.

Estratégias de investimento em ETFs de petróleo

( Diversificação de portfólio

Assim como ações, os ETFs de petróleo podem ser negociados de forma flexível, permitindo diversas estratégias de composição. Para manter uma exposição estável ao petróleo, pode-se vender parte do ETF para se proteger contra quedas; ou, ao possuir várias ações de petróleo, usar a venda de ETF para equilibrar riscos, ajustando dinamicamente a carteira.

) Estratégia de ETF inverso

Outra estratégia é investir em ETFs de petróleo inversos, que acompanham o movimento contrário do índice. Para investidores que desejam fazer venda a descoberto, mas enfrentam limitações de margem ou de conta, esses ETFs oferecem uma ferramenta prática. Contudo, os ETFs inversos são altamente arriscados — podem proteger contra quedas e gerar lucros, mas se o petróleo subir, podem gerar perdas elevadas. É essencial avaliar cuidadosamente a tolerância ao risco antes de investir.

Em suma, o mercado de petróleo oferece oportunidades, mas também apresenta desafios. Seja por ETFs, futuros, ações ou derivativos, os investidores devem fazer escolhas inteligentes de acordo com seu perfil de risco e conhecimento. Educação contínua, operação cautelosa e uso rigoroso de stops são essenciais para sobreviver e prosperar no longo prazo no mercado de petróleo.

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